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Servidores da Justiça Federal, em BH, relatam insegurança após acidentes com elevadores do tribunal

02/12/2024 às 15h22 - Atualizado em 02/12/2024 às 15h26
Homem morreu em acidente com elevador no prédio do TRF-6 em BH (CBMMG/Divulgação)
Homem morreu em acidente com elevador no prédio do TRF-6 em BH (CBMMG/Divulgação)

“Ficamos muito inseguros quando entramos no elevador”, disse, ao BHAZ, um dos servidores do prédio da Justiça Federal (TRF-6), localizado no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na manhã desta segunda-feira (2), o técnico de manutenção, Ademir Rodrigues de Souza, morreu quando um dos elevadores do edifício despencou do 17º andar. Esse foi o segundo acidente envolvendo a estrutura em menos de cinco meses, já que, em julho deste ano, uma mulher ficou ferida ao tentar sair de um ascensor do Tribunal.

Conforme o servidor, que terá a sua identidade preservada, é perceptível que os elevadores não têm o estado de conservação ideal, já que são antigos. “Eu acho que eles precisam ser trocados. Tanto que a estrutura em que uma colega nossa se machucou está interditada até hoje, sendo que já se passaram quatro meses. Então, talvez ele seja trocado”, contou.

O colaborador, porém, relata que não ouviu falar sobre uma previsão de troca dos elevadores. “Não dá. Eu costumo trabalhar presencial todos os dias e, por isso, preciso subir vários lances de escadas. É uma situação adversa e o Tribunal não deveria colocar seus colaboradores em risco”, disse ao BHAZ.

O BHAZ entrou em contato com o TRF-6 para apurar se há verba prevista para a troca futura dos elevadores dos prédios do Tribunal e aguarda retorno.

Servidora ainda se recupera de acidente

Em 11 de julho deste ano, a técnica judiciária, Luciene Aparecida, de 59 anos, teve a perna prensada no elevador devido a uma parada repentina da estrutura entre o térreo e o subsolo. A passageira tentou sair da cabine, mas o elevador se mexeu e acabou prendendo a vítima. Em entrevista ao BHAZ, a mulher contou que precisou passar por quatro cirurgias no pé e ainda precisa se locomover com uma cadeira de rodas.

“Agora comecei a fazer fisioterapia e, conforme a recomendação médica, não posso colocar os pés no chão. Vou começar esse processo semana que vem”, explicou a vítima, que também sofreu uma fratura exposta na tíbia.

Luciene ainda contou que todos os gastos envolvidos com a recuperação do acidente estão sendo restituídos pelo Tribunal. “Todos os tratamentos que faço são feitos o reembolso. Durante esse tempo, precisei contratar uma pessoa para me ajudar em casa, e eles também pagam o valor”, disse.

Devido aos ferimentos, a técnica foi levada para o Hospital João XXIII. Já os demais passageiros saíram pelo subsolo, quando o equipamento parou nivelado. “Deus me deu o livramento e, na hora, gritei muito por Nossa Senhora, porque eu fiquei presa dos seios para baixo. Graças a Deus estou bem e me cuidando”.

Ao saber do acidente desta manhã, Luciene afirmou que tomou um susto. “Fiquei muito trêmula e nervosa com o acontecimento. Estou fazendo todo acompanhamento psicológico também”, finalizou.

Queda com morte

Na manhã desta segunda-feira (2), um homem morreu quando o elevador despencou do 17º andar. Conforme o TRF-6, a vítima é Aldemir Rodrigues de Souza, técnico de manutenção contratado pela empresa Reformar Elevadores.

Segundo o Tribunal, a companhia já tinha concluído a modernização de três elevadores do prédio localizado no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de BH. Só faltava a finalização na cabine envolvida no acidente.

“O Tribunal esclarece que a manutenção técnica dos elevadores é mantida rigorosamente em dia. Além disso, manifesta solidariedade à família de Aldemir e está prestando todo o apoio necessário”, informou o tribunal.

“Como medida de segurança, o TRF6 determinou que todos os servidores, colaboradores terceirizados e estagiários que trabalham no prédio, permaneçam em teletrabalho pelo período de uma semana”, completou.

Ana Magalhães

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi estagiária do Jornal Estado de Minas e do programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiária do BHAZ desde agosto de 2024.
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Ana Magalhães

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Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi estagiária do Jornal Estado de Minas e do programa Agenda da Rede Minas de Televisão. Estagiária do BHAZ desde agosto de 2024.

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