BBB 23: Cezar Black chora ao sentir que profissão foi ‘menosprezada’ por médico Fred Nicácio

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Black achou ofensivo o tom que o colega de confinamento usou para se referir aos enfermeiros ao contar um episódio ocorrido com ele no hospital (Reprodução/Globoplay)

O enfermeiro Cezar Black, participante do grupo “pipoca” do BBB 23, chorou nesta quarta-feira (18) após ouvir uma frase dita pelo médico Fred Nicácio no programa. Black achou ofensivo o tom que o colega de confinamento usou para se referir aos enfermeiros ao contar um episódio ocorrido com ele no hospital.

“Ontem na conversa o Fred falando sobre a trajetória dele, sobre as lutas dele, ele falou: ‘Ah, porque o enfermeiro tem que vir aqui me auxiliar porque eu sou médico’. Isso é uma coisa que a gente como enfermeiro sofre todos os dias da nossa carreira”, desabafou ele, em conversa com Domitila Barros.

O participante demonstrou incômodo ao falar sobre o estereótipo de “auxiliar de médico” que os enfermeiros normalmente enfrentam. O brother reforça que “ser enfermeiro não é demérito pra ninguém”.

“As pessoas têm muito estigma de que o enfermeiro é o secretário. Quando o Fred falou, tentando ser algo positivo pra ele: ‘Ah, porque um enfermeiro me criticou porque eu era fisioterapeuta, mas depois eu virei médico e ela tinha que me auxiliar’. Cara, pra gente é super ofensivo isso. Para nossa classe é algo que a gente briga todo dia”, ressaltou.

‘Minha enfermeira’

Em apenas dois dias de programa, Fred Nicácio já tem despertado uma legião de “haters” nas redes sociais. Além da fala apontada por Cézar como problemática, outras declarações do médico fizeram com que internautas perdessem a paciência.

Em conversa à beira da piscina, Nicácio compartilhou a frustração de não ter mais seguidores no Instagram e chegou a se comparar com outros participantes do BBB que são mais “famosos” que ele nas redes sociais.

“É um absurdo a gente ver uma Aline e eu, que estamos mudando a história do país de fato, tendo 300 mil, 400 mil… Ela não tem 1 milhão. Eu tenho 350 mil seguidores, sendo que estou mudando a história da medicina deste país há anos”, declarou.

Já o episódio envolvendo os enfermeiros veio à tona enquanto ele contava um caso de racismo sofrido por ele no hospital.

“Um dia vi um médico entubando e disse ‘eu queria fazer isso aí’. Uma enfermeira branca olhou para mim e disse ‘sai para lá menino, isso aqui é só pra médico’. Sete anos depois, eu voltei lá e ela foi minha enfermeira”, relatou ele.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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