Os atores Bruno Gagliasso e Kayky Brito ofereceram apoio ao colega Sérgio Hondjakoff – que interpretou ‘Cabeção’, em Malhação, da TV Globo – após vídeos que circularam nas redes. Nas imagens, o ator aparece alterado, ameaçando o próprio pai de morte por conta de dinheiro. O BHAZ optou por não incorporar tal vídeo à matéria, por considerar um conteúdo invasivo. Com a ajuda dos colegas de profissão, o ator vai dar início ao tratamento com um acompanhante terapêutico.
Sérgio Hondjakoff luta contra a dependência química, há alguns anos, e recebeu a ajuda dos colegas de profissão. Os vídeos foram compartilhados pelo terapeuta Sandro Barros, que vai acompanhar o ator no processo de tratamento contra a dependência química.
“Olá, Serginho, quanto tempo, meu amigo? Aqui é o Bruninho. Estamos afastados, mas estou muito feliz de saber que você encontrou com o nosso amigo Sandro”, começou Gagliasso. “Ele [Sandro] é um cara que já ajudou muito a minha família, meu primo e estará ao seu lado para o que der e vier, assim como eu também estarei. Fechado? É difícil, mas não é impossível. Um beijo e estamos juntos, cara. Ninguém vai largar a sua mão, não”, completou.
“Fala Serginho, como você tá, irmao? Saudades. O Sandro, além de ser um grande amigo, é um cara que faz a vida de pessoas crescerem de novo. Ele enaltece cada uma delas. Eu tenho certeza que, ele estando junto com você, a caminhada será só de coisas boas. Tenha fé! Um beijo no coração, irmão! Saudades, até!”, disse Kayky Brito em vídeo publicado no perfil do terapeuta.
Tratamento
Em entrevista à coluna Leo Dias, o terapeuta Sandro Barros contou como será o processo de reabilitação de Sérgio Hondjakoff. O profissional conversou com o ator, por telefone, durante quase uma hora, pouco depois do vídeo em que aparece alterado viralizar. Hondjakoff foi convencido por Bruno Gagliasso, Kayky Brito e também por Rafael Ilha, a atendê-lo. “Falei com ele e como terapeuta, eu entendi suas questões”, iniciou Sandro.
“Ele me recebeu bem porque fui indicado. Conheço o Kayky Brito tem mais de 20 anos, sou amigo do Bruno e também teve o Rafael Ilha. O Sérgio estava disposto a conversar. Foram essas três pessoas que fizeram com que ele me atendesse”, explicou o terapeuta, que viveu 20 anos afundado nas drogas. Agora atuando na profissão, ele realiza consultas on-line fora do Rio de Janeiro e do Brasil, em países como Austrália, Europa e Estados Unidos, além de auxiliar também pessoas em situação de rua.
Terapeuta x acompanhante terapêutico
“Esse meu trabalho de acompanhante terapêutico, em alguns momentos, é tipo um amigo terapeuta, é diferente de psicólogo e psiquiatra, por isso eu complemento esses profissionais. O acompanhante tem muita proximidade e não tem o distanciamento que o psicólogo e psiquiatra precisam ter. O ideal seria o paciente ter um psicólogo por semana, um psiquiatra por mês pelo convênio e ainda o acompanhante terapêutico”.
Diferenciais
“O meu consultório é o cotidiano. O trabalho de acompanhante terapêutico não dá para ser feito on-line. O que eu faço é levar para passear, fazer um esporte, mas cada caso é um caso. Quando a gente fala de comportamento humano, é um cronograma diferente para cada um. Tem paciente que quer correr na praia, tem aquele que quer andar de skate, jogar futevôlei”.
E o processo será dessa forma com o ator. “Vou descobrir o que ele gosta de fazer, criar um cronograma que ele goste de praticar, mas sobretudo, eu preciso trabalhar o três pilares: alimentação, sono e atividade física. Quem está nas drogas não come direito, não dorme direito e não faz esporte. O sono tem função reparadora, alimentação também, precisa comer no horário e fazer atividade física”, explicou Sandro. A entrevista completa com o terapeuta pode ser lida por aqui.