Ex-BBB é criticada por interpretar primeira advogada negra do Brasil e rebate: ‘Me considero de todas as cores’

gyselle soares
A atriz diz respeitar a opinião das pessoas, mas reforça seu direito de interpretar quem quiser (Reprodução/@gysellesoaresestevao/Instagram)

A atriz e ex-BBB Gyselle Soares tem sido alvo de críticas após aceitar protagonizar a peça teatral “Uma escrava chamada Esperança”. O espetáculo foi escrito em homenagem a Esperança Garcia, escrava que se tornou a primeira advogada negra do país. Na noite de ontem (12), ativistas chegaram a protestar na porta do Theatro 4 de Setembro, no Piauí, onde a peça foi realizada.

Em entrevista ao G1, nesta quarta-feira (13), a atriz rebateu os comentários e disse que se considera “de todas as cores”. Segundo ela, o público tem o direito de não gostar do seu trabalho, mas o respeito deve prevalecer.

“As pessoas têm que comentar o que acham, a gente tem que respeitar o direito de resposta delas, e é importante pra mim como atriz poder ser qualquer coisa, posso viver o que quiser, se eu quiser ser uma leoa, vou ser uma leoa, se quiser ser uma escrava, vou ser uma escrava e viver de uma forma bonita”, disse.

“Eu me considero todas as cores, sem cor, um ser humano com coração que pode sentir tudo, de todo mundo. Estamos no mundo, somos todos iguais, nossa pele não tem cor, nosso coração não tem cor, não podemos nos definir assim”, acrescentou.

Escolha gerou polêmica

Logo que o elenco da peça foi anunciado, a escolha de Gyselle Soares para o papel principal foi questionado por diversos internautas. “Minha mãe, Tércia Maria, é uma das melhores atrizes do Piauí e vocês me vem com Gyselle Soares para interpretar Esperança Garcia?”, escreveu um internauta.

“Minha gente, não tem uma atriz negra no Piauí todo? Não é possível”, questiona outra pessoa. Após a polêmica, o diretor da peça, Valdson Braga, disse à TV Clube que é errado “discriminar” a atriz pelo papel.

Segundo ele, antes da escolha do elenco a sua equipe tentou conversar sobre o assunto com movimentos negros, que não lhe deram nenhum retorno. Veja um pouco da repercussão:

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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