A polêmica envolvendo os cachês milionários, pagos por prefeituras a cantores sertanejos, com destaque para as contratações de Gusttavo Lima, continua repercutindo nas redes sociais. Após o sertanejo fazer uma live emocionado, o digital influencer Felipe Neto ironizou o choro do cantor. O influencer lembrou que ele e outros artistas, opositores ao governo de Jair Bolsonaro (PL), têm sido atacados desde antes da eleição do atual presidente.
“Sabe o que eu acho engraçado? Estou há quatro anos sendo massacrado pela opinião pública, Anitta, Porchat, outros artistas. Fui acusado de pedofilia, corrupção de menores, polícia veio na minha casa a mando da família Bolsonaro. Aí, um cantor sertanejo passa uma semana sendo atacado por se beneficiar de dinheiro público para fazer shows e já faz live chorando falando que vai desistir”, disse Felipe Neto em vídeo compartilhado nas redes.
Logo depois, o influenciador postou um texto tecendo novas críticas aos apoiadores do presidente. “Esses bolsonaristas não aguentariam meia hora se tivessem que enfrentar tudo que eu, Anitta, Porchat, Adnet, Luisa e tantos outros temos que enfrentar há quatro anos. E contra nós, eles só usavam mentiras”.
Choro em live
Durante a live dessa segunda-feira (30), Gusttavo Lima negou qualquer tipo de beneficiamento de dinheiro de órgãos públicos. “Nunca me beneficiei sobre dinheiro público, empréstimo ou algo do tipo. Minha vida foi sempre trabalhar. Em 2019, fiz quase 300 shows. Temos uma equipe gigantesca. Não compactuo com dinheiro público, pago todos os meus impostos em dia. Acho que todos os artistas já fizeram ou fazem shows de prefeituras. É sobre valorizar nossa arte, se o que a gente tem a nossa música, nossa voz, a gente ganha dinheiro com isso”.
Ainda nessa segunda, o Ministério Público de Contas afirmou que vai investigar o contrato milionário feito pela prefeitura de Conceição do Mato Dentro, na região Central de Minas, para que o sertanejo e outros artistas se apresentassem na cidade, no próximo dia 20 de junho. A informação foi divulgada no Diário Oficial de Contas.