A funkeira MC Carol foi à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (26), para prestar queixa dos comentários racistas que recebeu de um grupo de pessoas. Ela foi ofendida por cerca de cem perfis em sua fanpage. Aparentemente “fakes”.
“Me senti de alma lavada e sei que represento outras pessoas que passaram por isso”, disse Carol ao visitar a delegacia, em entrevista coletiva. Ela também informou ter sido orientada pela empresária a não revidar as ofensas.
Após outros famosos procurarem a polícia por situações como essa, Carol diz ter pensado que os ataques se tornariam menos frequentes. “Mas não. Só piora, infelizmente. Chega, chega, eu estou aqui para representar não só o que aconteceu comigo, mas o que acontece com pessoas da minha comunidade, diariamente” afirmou.
Essa não foi a primeira vez que a funkeira sofreu com ofensas nas redes sociais. “Ela já sofreu ataques racistas antes pela internet, em 2014. Mas foi individual. Dessa vez foram cerca de cem pessoas, ninguém identificado. Acredito que sejam adolescentes e vou entrar com uma ação indenizatória” disse o advogado da funkeira, Marcio Morais ao Jornal Extra
Segundo Morais, o primeiro ataque foi cometido por um perfil falso. Carol foi chamada de “macaca favelada”, mas resolveu não procurar a polícia. Mas agora a dimensão foi outra, de acordo com Marcio.
Os ataques contra a cantora foram postados na última terça-feira (23). Na ocasião, ela publicou um desabafo na web: “Para quem acha mesmo que isso vai surtir algum efeito na minha vida, que vou entrar em depressão e largar meu trabalho, que eu vou dar 15 minutos de fama para um bando de atoas, esquece”.