Homem divulga foto ao lado do caixão da mãe e sensibiliza internautas: ‘Velei e enterrei ela sozinho’

(Facebook/@zericardo/Reprodução)

Um aposentado e doente renal crônico de Goiás, de 43 anos, sensibilizou a internet no início dessa semana ao postar no Facebook uma foto ao lado da mãe morta no caixão e com a frase: “Eu velei e enterrei minha mãe sozinho; eu e o motorista da funerária”.

O post de José Ricardo Fernandes Ribeiro recebeu 274 mil reações, teve 132 mil compartilhamentos e mais de 33 mil comentários. Em entrevista por telefone ao BHAZ, Zé Ricardo (como é conhecido e tal qual está no seu perfil do Facebook), contou que de 20 seguidores passou a ter 18 mil, em menos de uma semana.

“Sou um anônimo simples, que postou um caso verídico, real e que simplesmente, da noite para o dia, bombou. Meu celular não para de tocar, não estou nem dormindo. Tento dar atenção a todo mundo, responder às mensagens de tanta gente se solidarizando comigo. Acho bonito isso”, diz.

Ele conta que tem recebido mensagens e ligações de gente de toda parte do Brasil e até do exterior. “O post comoveu muito as pessoas. E tem gente me criticando também, por causa da foto, do texto. Eu só queria avisar de uma vez só para todo mundo e ter essa recordação. Tem gente de todo jeito no mundo, né? Não quero me promover com a morte da minha mãe. Isso seria um absurdo”.

Assustado com a repercussão, ele postou nessa quinta-feira um agradecimento às pessoas:

Zé Ricardo, que trabalhava como cabeleireiro antes de se aposentar pela doença renal, diz que morava sozinho com a mãe, Maria, em Goiânia há algum tempo. Ela morreu aos 77 anos em decorrência de uma série de complicações de saúde.

“Não fiz a postagem com intenção de viralizar. Ela morreu no sábado (10), resolvi as coisas do enterro e fui para a sessão de hemodiálise. Como eu não tinha como avisar um por um dos meus amigos, postei lá. Aconteceu que a coisa explodiu, mas não foi intencional; foi sem malícia. E eu queria guardar uma recordação dela também. Quando acabou a sessão, por volta das 15h30, o carro da funerária me buscou e fui sozinho pro velório”, conta.

Perguntado se não tem parentes em Goiânia ou irmãos, Zé Ricardo conta que tem um irmão que vive em Belo Horizonte, mas que não mantinha contato com a mãe, nem com ele. “Ele viveu um tempo com minha mãe no interior de Minas, mas como ela estava muito doente, acabei trazendo ela pra cá. Esse irmão não telefonava, não procurava, sabe? Tenho um filho de 18 anos, mas a gente não convive muito, ele mora com a mãe dele”, diz.

O aposentado vive com um salário mínimo e, antes da mãe morrer, a aposentadoria dela de professora ajudava a custear a vida dos dois, que viviam num apartamento alugado em Goiânia. Com a morte da mãe, Zé Ricardo diz que não terá condições de continuar no imóvel. “Não tenho como manter e se alguém puder me ajudar, quero a ajuda, que pode ser feita pelo meu Facebook”.

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