’84 anos que estamos em janeiro’: Afinal, de onde vem a sensação de que o mês não acaba?

Divulgação/Backer + Reprodução/Envato + Maira Monteiro/BHAZ

Janeiro, como em todos os anos, tem 31 dias, nada mudou. Mas, diante de tantos fatos pesados (tais quais cerveja intoxicada, tempestades históricas, vírus mortal, enchentes e mortes), a sensação é de que o mês durou uma eternidade.

Navegando poucos minutos pelas redes sociais, com certeza, você vai se deparar com diversas pessoas reclamando de que o mês não acaba nunca. “Gente, eu sabia que o ano teria 366 dias, mas eu não sabia que eram todos em janeiro”, brinca um internauta.

Mas, afinal, de onde vem essa sensação de que o tempo não passa? O BHAZ conversou com um sociólogo e uma astróloga para entender o motivo de tanta aflição nas redes sociais para que janeiro acabe logo.

O tempo não é culpado

Conforme o sociólogo e professor universitário Gilvan Araújo, os acontecimentos de janeiro influenciam nesta sensação incômoda de que janeiro não acaba.

“Essa sensação de que o tempo não passa é por conta dessas notícias ruins, como vírus na China, cerveja infectada, enchentes etc. Essas coisas vão se acumulando e as pessoas querem apressar o tempo para se verem livre desses problemas. Mas não é assim que funciona”, afirma.

Ainda segundo Gilvan, o tempo não tem responsabilidade nos acontecimentos. “O dia continua com 24h, as horas com 60 minutos e os minutos com 60 segundos. O tempo não se altera. Afinal de contas, foi uma invenção do homem e é matematicamente assim que ele funciona”, ressalta.

O professor afirma que a vontade de que o mês passe não fará diferença para o longo do ano. “Essa ansiedade social para que o tempo passe e que os problemas fiquem no passado é só uma sensação, um querer, uma vontade. O fato é que as coisas acontecem. Não significa que os acontecimentos ruins de janeiro vão se repetir em fevereiro ou março. Mesmo porque podem acontecer coisas piores nos outros meses. Não é o tempo o culpado ou o salvador dos problemas”, finaliza.

Mês de seriedade

Segundo a astróloga Vivi Pettersen, janeiro tende a ser um mês de recomeço, o que já traz uma energia mais densa, potencializada pelo signo que rege o período: capricórnio.

“Astrologicamente falando, viemos de muitos movimentos de capricórnio. É um signo que traz uma energia mais tensa porque tem como elemento a terra. Portanto, ele prega mais seriedade, responsabilidade, disciplina e foco. Por isso, começamos o ano com essa energia geral. Situações da vida que pedem mais seriedade acabam sendo mais pesadas”, ressalta.

Ainda segundo a astróloga, janeiro é um mês de direcionamento para o resto do ano. “É um mês de recomeço, de recuperar dos gastos de dezembro, de se preparar para os outros meses. Una tudo isso e o resultado é essa sensação de que as coisas estão se arrastando”, ressalta.

Fevereiro mais leve

Vivi Pettersen explica que fevereiro deve ser melhor. “O próximo mês tem uma energia mais leve, pois entramos no signo de aquário no dia 20 de janeiro. É um signo que fala muito do social, da sociabilidade, é o mês da festividade. Astrologicamente falando, ele diminui essa sensação tensa, mas ainda pede responsabilidade”, afirma.

Vivi ainda orienta que os planos para o futuro não sejam postergados. “Para 2020, a tendência é que a gente não deixe as coisas acontecerem depois do Carnaval. É o momento de plantar para colher durante o restante do ano. Se deixar para depois do Carnaval, essa sensação de estagnação se manterá ao longo de todo o ano”, explica.

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