A atriz Sharon Stone, famosa mundialmente pelo personagem fatalmente sexy no filme “Instinto Selvagem”, revelou que o ativismo contra a Aids comprometeu sua carreira. A revelação veio a público nessa terça-feira (6), durante um festival de cinema na Arábia Saudita.
O tabu acerca da doença do vírus do HIV era ainda mais forte na década de 1990. Na época, Sharon aceitou um convite para substituir Elizabeth Taylor no posto de presidente honorária da Fundação de Pesquisa da Aids.
A artista conta que, após começar o trabalho voluntário com a causa social, em 1995, ficou fora de qualquer produção cinematográfica durante oito anos.
Uma empresária chegou a alertar a artista sobre os riscos de aceitar a função. “Ela me disse que eu destruiria minha carreira”, conta a atriz.
“Não se podia falar sobre a Aids. Eu disse à Cindy: ‘Você vai me matar, mas vou fazer isso. Eu não tinha ideia da resistência, da crueldade, do ódio e da opressão que enfrentaríamos”, desabafa.
Sharon Stone e as ameaças
Sharon lembra que seu papel era apoiar campanhas para a prevenção, inclusive por uso de preservativos, e buscar humanizar a relação com as vítimas.
“Isso destruiu a minha carreira. Não trabalhei por oito anos. Disseram-me que, se eu falasse sobre camisinha novamente, qualquer verba seria cortada. Sofri várias ameaças, minha vida foi ameaçada. Mas decidi que deveria continuar assim mesmo”.
Apesar de tudo o que viveu, Sharon diz não se arrepender. Ela afirma que o respeito acerca do assunto, hoje, é reflexo, em grande parte, de trabalhos como o que ela fez parte.
