João, Maria? Veja nomes mais escolhidos para bebês este ano e a tendência em 2021

Helena e Miguel lideram as listas (Reprodução/iStock.com/monkeybusinessimages)

BabyCenter Brasil divulgou o tradicional ranking de nomes de bebê, feito com base em cerca de 350 mil cadastros na plataforma digital gratuita de nascidos ao longo de 2020. O levantamento revela os nomes próprios que estão sendo mais usados atualmente.

Meninas

Para as meninas, o nome Helena ficou em primeiro lugar pelo terceiro ano seguido. Logo após, aparecem Alice e Laura. A única novidade no top 10 é “Liz”, que subiu oito posições este ano. A previsão é de que, no próximo ano, esse nome possa alcançar o top 5. Veja a lista:

  1. Helena
  2. Alice
  3. Laura
  4. Manuela
  5. Isabella
  6. Sophia
  7. Luísa
  8. Heloísa
  9. Liz
  10. Cecília

Os nomes Elisa (20º), Ayla (27º), Aurora (30º) e Luna (42º) também estão se tornando mais comuns. Além disso, o índice demonstra que os pais andam optando menos por nomes compostos, e mais por “Maria” e “Ana” sozinhos. Outro dado é que, desde 2019, vem diminuindo a quantidade de nomes que terminam com -elly, como Emanuelly (34º), Isabelly (56º) e Gabrielly (99º).

Meninos

Para meninos, o nome Miguel completa dez anos seguidos na primeira posição, seguido de Arthur e Heitor, que se mantêm estáveis. A mudança foi em “Bernardo”, que apresentou uma pequena queda, e a ascensão de Gael, que, este ano, além de chegar no top 10 pela primeira vez, ultrapassou o nome Gabriel. Veja a lista:

  1. Miguel
  2. Arthur
  3. Heitor
  4. Théo
  5. Davi
  6. Bernardo
  7. Gael
  8. Gabriel
  9. Pedro
  10. Samuel

Assim como no caso das meninas, nomes curtos estão sendo mais usados para os garotos, como Ravi (17º), Noah (22º), Levi (39º) e Rael (71º), que pela primeira vez ocupa o Top 100.

Explicação

A estabilidade de Helena na primeira posição mostra uma tendência atual dos brasileiros de nomear suas filhas com nomes de heroínas de ficção. O termo significa “tocha” ou “luz” e faz referência à personagem da mitologia grega Helena de Troia, pivô da Guerra de Tróia. Na mesma sintonia, tem Aurora, nome da Bela Adormecida, que subiu 19 posições este ano, e Bella, que subiu 12 e agora se encontra em 62º na lista.

Também cresceram nomes de mulheres fortes da nossa cultura, como Clarice (66º), renomada escritora brasileira do século XX, e Elis (88º), grande cantora brasileira, que faleceu na década de 1980. A tendência de nomes greco-romanos, como Helena, também se encontra no lado dos meninos, apesar de Miguel, primeiro na lista, ser de origem hebraica e significar “semelhante a Deus”.

O terceiro lugar, Heitor, nome grego, faz parte agora de vários outros nomes de inspiração clássica, que remetem aos tempos áureos da Grécia e de Roma, na lista de mais escolhidos pelos brasileiros. Caio (46º), Augusto (49º), Dante (94º), Thales (95º) vêm crescendo, estes dois últimos como novidade do Top 100 este ano.

Por causa de personagens e atores de séries, os pais estão cada vez mais optando por nomes internacionais também. No ranking masculino, destacam-se Anthony, (21º), Noah (22º), Matteo (59º), Yan (64º), Nathan (67º), Oliver (69º), Ryan (74º) e Derick (82º).

Ícones negros internacionais, jogadores da NBA (Associação Nacional de Basquete dos Estados Unidos) e pilotos da Fórmula 1, tiveram sua participação também, como Kawhi Leonard e Lewis Hamilton. Inspirações brasileiras não ficaram de fora, como o atacante flamenguista Bruno Henrique, também do esporte.

Personalidades representativas do movimento contra o racismo também foram uma forte influência no lado feminino. O BabyCenter aponta que os nomes Iza e Maju, inspirados na cantora e na apresentadora, respectivamente, cresceram, assim como de lideranças negras históricas, como Dandara, companheira do Zumbi de Palmares.

Outros ícones antigos passaram a batizar os nomes dos recém-nascidos este ano. Em um ano de lives musicais que amenizaram o isolamento social devido à pandemia de Covid-19, personagens da MPB (Música Popular Brasileira) voltaram a chamar a atenção das gerações mais jovens, que nomearam seus filhos de Caetano, Tom, Gil, e Elis, como já mencionado.

As celebridades do momento, contudo, não deixaram de inspirar muitos nomes também. Apareceram mais nos cadastros Rael e Zion, nome dos filhos da atriz Isis Valverde e da influenciadora Jade Seba, respectivamente, além de Ravi, que subiu 39 posições este ano, alçando o 17º lugar, muito em função do filho do DJ Alok.

Já Valentim (51º) e Ícaro (84º) caíram, respectivamente, 13 e 22 posições, depois de uma ascensão em 2019 puxada por personagens da novela “Segundo Sol”. Enzo (43º) e suas variações andam mais em baixa, acredita-se que, em parte, pelo desgate de “memes” e brincadeiras na Internet.

Os clássicos nomes bíblicos mantêm sua preferência junto às famílias brasileiras, mas os tradicionais Gabriel e Esther (31º) vêm dividindo espaço com novas alternativas como Josué (68º), que subiu 27 posições, e Hadassa (96º), que aparece como novidade do Top 100.

João e Maria

As combinações mais usadas com Maria são: Maria Luísa, Maria Júlia, Maria Clara, Maria Eduarda, Maria Cecília, Maria Alice e Maria Helena.

Com João, as mais frequentes são: João Miguel, João Pedro, João Lucas, João Gabriel, João Guilherme, João Vitor e João Paulo.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realiza a contagem sem diferenciar nomes como João Miguel e João Pedro, colocando todos na mesma categoria (João). Já o BabyCenter utiliza das duas abordagens. Se uniformizado o nome simples e os nomes compostos em uma só categoria, “João” é, disparado, o nome mais usado para os meninos, e, no ranking feminino, Maria e Ana alcançam o primeiro e segundo lugar, respectivamente.

O ranking do BabyCenter também uniformiza grafias diferentes para um mesmo nome, eliminando distorções como a separação dos nomes Manuella e Manuela.

Previsões para 2021

Théo e Gael provavelmente crescerão mais ainda, aproximando-se das primeiras posições, mas sem sinais, ainda, de alcançar Miguel e Helena. Os nomes com “z” Zion, Zoe e Zyan devem se consolidar na preferência dos pais, devido às celebridades Jade Seba, Sabrina Sato e Giovanna Ewbank, respectivamente.

Léo, nome do filho da cantora Marília Mendonça, e Micael, com som parecido, devem entrar nas cem primeiras posições do ranking masculino. As variações Kael e Kalel, mais para baixo na lista, também apontam crescimento.

Nomes curtinhos e internacionais devem continuar sua escalada, principalmente Liam, Noah, Otto (88º) e John para meninos, e Maya (55º), Chloe, Anne e Ivy para meninas. Aurora, por sua vez, já deixou de ser uma escolha “exótica” e pode continuar em alta um pouco mais, assim como outros nomes da Disney, com a chegado do streaming da empresa no Brasil, como as princesas e heroínas Bella, Jasmine, Moana e Ana.

Aurora também está na categoria de nomes ligados à astronomia que devem ficar em alta em 2021. As previsões apontam para Sol, Céu, Aurora, Estrela, Luz e Íris. Este último, em referência ao arco-íris, mas também devido a popularização da expressão “bebê arco-íris”, para crianças que nascem após uma perda gestacional. Por fim, Lua, nome dado pelo apresentador Tiago Leifert a sua filha, também deve crescer.

Edição: Roberth Costa

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