A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou uma veterinária por maus tratos após erro técnico durante a cirurgia de castração de um cachorro, que não resistiu ao procedimento e faleceu. O caso ocorreu em junho deste ano em uma clínica localizada no bairro Cabral, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com a PCMG, o tutor procurou a clínica para realizar a cirurgia em seu animal de estimação e foi orientado a deixá-lo em jejum antes do procedimento, o cachorro passou por exames preliminares que não constataram nenhum problema de saúde.
O animal realizou a cirurgia, que é considerada simples, mas no mesmo dia o tutor foi comunicado do falecimento do cão. A clínica alegou que a morte aconteceu por uma reação alérgica ou porque o cachorro não havia cumprido o período de jejum necessário.
Com revolta, o dono do animal procurou a Polícia Civil, que realizou a perícia criminal e constatou que, na verdade, a causa da morte foi em decorrência de um erro técnico de quem fez o procedimento. De acordo com os laudos, a cirurgiã utilizou material inadequado para sutura, provocando hemorragias fatais.
A dona da clínica, veterinária responsável pelo procedimento, foi indiciada pelo crime de maus tratos qualificado, uma vez que o animal veio a óbito. A Lei 9.605/98 prevê pena de dois a cinco anos de prisão, acrescida de um sexto pela morte do animal.
Segundo a PCMG, a clínica atua regularmente no bairro e possui todas as documentações necessárias para realizar esse tipo de cirurgia.