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Superar instabilidades políticas e econômicas faz parte da história da Elmo, rede varejista que comemorou 80 anos de existência no último mês. A queridinha dos mineiros integra um rol restrito de empresas com gestão familiar capazes de completar oito décadas no mercado mantendo a vitalidade nos negócios. São quase 1.000 empregados em 46 lojas distribuídas na Grande BH, Sete Lagoas, Ipatinga e em cidades do Espírito Santo. Kiko Ballesteros, diretor da empresa, projeta fechar 2018 com vendas em ascensão.
A expectativa é de que Elmo tenha um crescimento entre 6% e 10% na comercialização de seus produtos em relação a anos anteriores. “Vivemos desafios próprios do mercado, mas a empresa segue firme, mantendo-se como uma das principais redes de comércio de calçados do Brasil”, ressalta Kiko.
Criada pelo imigrante espanhol Ignácio Ballesteros, a empresa conquistou clientes fiéis ao oferecer produtos de qualidade e muitas opções no ramo de calçados com preços acessíveis. Hoje, a Elmo é administrada por um conselho de acionistas (membros da família da segunda geração) e uma diretoria executiva de gestores (da terceira geração), sendo que essa última tornou-se responsável por todo o processo operacional. A gestão é feita de forma orientada para garantir a continuidade do modelo de atuação de seu fundador.
Um projeto de expansão está sendo elaborado para posicionar a Elmo em um patamar ainda maior em seu segmento. “Estamos focados na modernização do nosso sistema de gestão para adequar a empresa às novas realidades do mercado”, salienta o diretor.
Como surgiu a Elmo Calçados?
O imigrante Ignácio Ballesteros se mudou para Nova Lima aos 22 anos. Após trabalhar numa padaria e fábrica de sapatos, em 1938, inaugurou a Sapataria Moderna na cidade da região metropolitana e não parou mais. Entre 1948 e 1969, abriu quatro lojas na capital, entre elas a “Secção 99”, Helbert e a Mundo dos Calçados, que ganhou filial em Vitória (ES).
Em 1969, sua rede ganhou tanta notoriedade que Ballesteros alterou o nome de todas as suas lojas para Elmo. Nos anos seguintes, seus filhos participam ativamente das atividades da empresa.
A mensagem deixada pelo fundador norteia os próximos passos: “É um novo comércio todos os dias. Tem que acompanhar, inovar e criar. Esse novo comércio é permanente. É lutar cada dia, pensar em algo que não se faz e fazer”.
O cliente em primeiro lugar
Toda a empresa está voltada a entender cada vez mais as demandas do segmento em que atua, levando em consideração a nova forma de consumo. “Mantemos contato direto com nossos clientes pelas redes sociais para entender quais são seus desejos e oferecemos ainda facilidades de pagamento com o Cartão Elmo”, completa.
A Elmo oferece ao cliente produtos, como sapatos masculino, feminino e infantil, sempre com pessoalidade no atendimento. “É muito importante manter os padrões que deram origem à companhia. Esses valores não serão mudados, pois a empresa se consolidou assim e é dessa forma que o mercado a reconhece”, argumenta Kiko Ballesteros.