O mês de outubro marca o movimento de conscientização para o controle do câncer de mama, o mais incidente em mulheres em todo o país, excluídos os tumores de pele não melanoma. Para permitir um rastreio efetivo dos casos, o Governo de Minas vem investindo na modernização de mamógrafos públicos no estado.
Desde julho de 2013, cerca de R$ 75 milhões já foram repassados a 45 municípios para a aquisição de 62 equipamentos digitais, que vão substituir os aparelhos analógicos em 60 instituições hospitalares. Embora os mamógrafos convencionais sejam confiáveis para o diagnóstico, um equipamento digital otimiza a qualidade e o armazenamento das imagens.
A oncologia foi definida como área prioritária no planejamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES) também para os próximos anos, com enfoque no fortalecimento das linhas de cuidado, desde a promoção à saúde até o tratamento.
Jornada da paciente
Minas Gerais está buscando garantir que a jornada da paciente, desde o diagnóstico ao tratamento, seja algo mais simples e ágil. Isso porque, para o tratamento do câncer, o tempo é algo primordial.
O câncer de mama e o câncer de colo de útero são os que mais acometem mulheres e, por isso, o Governo de Minas está trabalhando para que elas tenham mais facilidades para realizar exames de rastreamento e de diagnóstico e para iniciar o tratamento o mais breve possível, além de garantir que a disponibilidade dos exames esteja adequada.
Após a substituição dos equipamentos analógicos, profissionais dos serviços radiológicos estão sendo treinados para operar os novos aparelhos.
Diagnóstico
A mamografia é a principal aliada das mulheres no rastreio e diagnóstico precoce do câncer de mama. Como o exame revela a presença de tumores malignos em estágios ainda assintomáticos, é possível iniciar o tratamento imediatamente, salvando muitas vidas.
A solicitação do exame deve ser feita pelo profissional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) durante a consulta de rotina ou em estratégias de busca ativa de mulheres, como a visita domiciliar.
O exame de mamografia realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) inclui a mamografia de rastreamento (indicada para mulheres de 50 a 69 anos, sem sinais e sintomas de câncer de mama, a cada dois anos) e a mamografia diagnóstica (indicada para avaliar lesões mamárias suspeitas, em qualquer idade e também em homens). Em mulheres com histórico familiar ou histórico pessoal de câncer de mama, é necessário fazer avaliação e acompanhamento individualizado.
Até julho de 2024, já foram realizadas 212.538 mamografias de rastreamento e 33.308 de diagnóstico em Minas. A expectativa é de superar o número de exames feitos em 2023, 410.003 de rastreamento e 62.607 de diagnóstico.
Tratamento do câncer de mama
Após realizar a mamografia, a paciente é encaminhada, se necessário, para realizar novos exames e dar início ao tratamento na rede especializada.
O tratamento do câncer de mama deve ser realizado em estabelecimentos de saúde habilitados. Os pacientes têm acesso a radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos, e cirurgias, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária.
A retirada da mama causa impactos psicológicos e físicos. Para o sucesso do tratamento do câncer, não basta o avanço de técnicas cirúrgicas – como a reconstrução de mama, prática constante no Sistema Único de Saúde. Outros cuidados, humanizados, proporcionam melhorias na autoestima, conforto e bem-estar das pacientes. O serviço oferece estúdio de perucas, próteses mamárias provisórias, além de batons, brincos e demais acessórios para o embelezamento dessa mulher.
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