Indústria da mineração investe em cultura e preservação do patrimônio histórico

Indústria da mineração investe em cultura e preservação do patrimônio histórico
Reprodução/Julia Bandeira e Storm Filmes

Os investimentos culturais feitos pela indústria da mineração são, acima de tudo, promotores de cidadania. A avaliação é da gerente do Centro Cultural SESIMINAS BH, Karla Bittar, para quem o investimento cultural é capaz de abrir portas para relacionamentos com diferentes esferas governamentais e ser uma vitrine para parcerias privadas.

O SESI-MG, destaca ela, mantém três importantes equipamentos culturais no estado: além do Centro Cultural SESIMINAS BH, há a unidade de Uberaba e o SESI Museu de Artes e Ofícios.

“Mantemos programações com investimento direto do SESI e das empresas que nos patrocinam e somos um importante espaço de divulgação e fortalecimento da arte e da cultura no estado e no país, por meio de produtoras e artistas parceiros”, reforça. As programações do SESI atendem à sociedade e aos trabalhadores da indústria, diz Bittar. “O SESI não só fomenta a arte, mas investe na descentralização do acesso, na inclusão e na diversidade. O acesso à arte, comprovadamente, resulta em maior produtividade, criatividade, senso crítico e inovação”, defende.

Instituto Cultural Vale é o maior patrocinador de cultura em Minas Gerais

Indústria da mineração investe em cultura e preservação do patrimônio histórico museu boulieu
O Museu Boulieu já nasce como um patrimônio cultural e turístico único de Ouro Preto. (Reprodução/Lucas de Godoy)

Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já patrocinou mais de 500 projetos culturais no Brasil, com recursos incentivados e próprios, que somam mais de R$ 677 milhões. Atualmente, é o maior apoiador da cultura de Minas Gerais, por meio de recursos próprios e pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. Somente em 2021, investiu cerca de R$ 116,7 milhões em 51 projetos de proponentes do estado.

A Chamada Instituto Cultural Vale 2022, cujas inscrições se encerraram em 30 de junho, destinará R$ 25 milhões em recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura a projetos culturais em todo o território nacional, das áreas de museus e centros culturais, patrimônio material e imaterial, música, dança, festividades e circulação. Os aportes aos projetos serão feitos ainda neste ano, para execução em 2023.

“A nossa chamada cultural vem se consolidando como uma tradição: esta é a terceira edição do nosso edital público, que beneficiou mais de 130 projetos em 2020, quando o Instituto foi lançado, e em 2022, nosso objetivo é continuar contribuindo para a democratização do acesso à produção cultural brasileira, movimentar a economia criativa em todo o território nacional e criar oportunidades para projetos que todo mundo precisa conhecer”, afirma Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.

Entre os projetos já patrocinados pelo instituto em Minas Gerais estão a 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes e a 17ª Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP), Grupo Corpo, Grupo Galpão, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Ouro Preto e Festival Literário de Itabira (Flitabira).            

Os investimentos realizados pelo braço de cultura da mineradora Vale também contribuem para preservar e fortalecer o patrimônio histórico e cultural de Minas Gerais. Um exemplo é o Museu Boulieu, que foi inaugurado em Ouro Preto, em abril deste ano, com o patrocínio integral do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O espaço acolhe mais de mil peças da coleção de arte barroca do casal Jacques e Maria Helena Boulieu. O Instituto também investiu na restauração da Igreja São Francisco e da Casa do Conde de Assumar, em Mariana.