Uma onda mundial de ataques cibernéticos levou órgãos públicos municipais e estaduais a retirarem nessa sexta-feira (12) seus sites do ar.
Entre as instituições que suspenderam os serviços na internet estão a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) e o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais).
Sites de empresas prestadoras de serviços ao município, como a BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte) e Belotur (Empresa de Turismo de Belo Horizonte) também foram retirados.
De acordo com a PBH, essa medida foi necessária após computadores de empresas e organizações de diversos países terem sido infectados por um vírus.
Diante disso, seguindo orientações da Prodabel (Empresa de Informática e Informação de Belo Horizonte), a prefeitura decidiu desligar os servidores da administração municipal no final da tarde de ontem.
Ainda segundo o órgão, está previsto para que os serviços na internet sejam restabelecidos na segunda-feira (15). A administração garante, contudo, que o sistema não chegou a ser invadido pelo vírus.
Já o site do TJMG foi retirado do ar às 17h de ontem. Em comunicado publicado na página de internet, o órgão explica que a medida “decorre de ataques maciços ocorridos mundialmente”.
Ainda conforme o texto, a retomada dos serviços online dependerão de “atualizações dos servidores sugeridas pelos fabricantes em resposta a esses ataques”.
A reportagem não conseguiu localizar neste sábado (13) a assessoria do MPMG para comentar o assunto.
Os portais de internet da CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) e da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), por sua vez, foram mantidos no ar.
O vírus
Órgãos e empresas de pelo menos 74 países registraram ataques de hackers ao longo de sexta-feira.
Segundo apurou a “Folha de São Paulo”, trata-se de uma aparente campanha de ransomware — em que computadores são infectados com um vírus que “sequestra” arquivos e documentos.
De posse desses arquivos, os invasores pedem um “resgate” para que documentos, planilhas e informações sigilosas não sejam publicadas ou até deletadas do sistema.
No Brasil, segundo apurou o “El País”, sites do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e do MPSP (Ministério Público de São Paulo) chegaram a ser afetados pelo vírus.