Preço médio da gasolina vai ficar em R$ 6 após reajuste da Petrobras

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Petrobras, enfim, muda política de preços (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Se você tem carro, é bom se preparar, pois o reajuste anunciado pela Petrobras nessa segunda-feira (5) vai provocar mais um aumento no preço do combustível. A medida, segundo um diretor de site de pesquisas de preços, “cai como uma bomba para o consumidor”, pois o preço médio do litro da gasolina vai ficar em torno de R$ 6 em BH região metropolitana.

Além da gasolina, o diesel e o gás de cozinha também vão sofrer reajustes de 6,3%, 3,7% e 5,9%, respectivamente. “Os reajustes são péssimos. Quando se tem aumento de combustível, que é a mola da inflação, você tem que pensar que isso vai interferir nos preços dos produtos de supermercados que são transportados por veículos a diesel”, diz Feliciano Abreu, do Mercado Mineiro.

“O anúncio da Petrobras cai como uma bomba para o consumidor final. É péssimo também para os donos de postos de combustível, pois a população está andando menos de carro. Não adianta o dono de posto aumentar demais os preços, porque ninguém está podendo gastar”, destaca em entrevista ao BHAZ.

Preço médio subindo

Na última sexta (2), uma pesquisa do Mercado Mineiro mostrou que o menor preço da gasolina comum estava em R$ 5,665 e o maior em R$ 6,299. O levantamento foi realizado em 149 postos de combustível de BH e região metropolitana

Agora, a expectativa é que o preço médio da gasolina fique em R$ 6. “É o reflexo de um governo que não toma conta da inflação e privilegia acionistas da Petrobras. Não tem preocupação com o consumidor, apenas com o mercado, afirma o diretor do portal de preços.

Feliciano destaca, mais uma vez, que o reajuste vai impactar nas demais áreas do mercado. “Imagine o agricultor que planta e leva o produto para o Ceasa. Ele vai ter que colocar na ponta do lápis o preço do combustível. É uma cadeia e tudo vai ficando mais caro”.

Quando vai diminuir?

O reajuste na bomba de gasolina já poderá começar a ser sentido a partir de hoje (6), segundo Feliciano. “Provavelmente alguns postos vão começar a ter o aumento dos preços. Quando tem estes reajustes, eles são quase que imediatos”.

Indagado sobre quando vamos ter a queda no preço do combustível, Feliciano diz: “É muito difícil fazer especulação sobre possível diminuição dos valores”.

Reajustes

Os novos preços seguem a alta das cotações internacionais do petróleo e passam a vigorar hoje. O preço do diesel não era reajustado desde o início de maio. Já gasolina e gás de cozinha foram alterados no dia 11 de junho – o primeiro para baixo e o segundo, para cima.

Segundo a estatal, o preço do gás de cozinha subirá R$ 0,20 por quilo, para R$ 3,60 (ou R$ 46,80 o botijão de 13 quilos. Já gasolina e diesel subirão R$ 0,16 e R$ 0,10 por litro, para R$ 2,69 e R$ 2,81.

É o décimo-quinto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha nas refinarias da Petrobras, após um período de queda no início da pandemia. Desde o início do governo Bolsonaro, o produto vendido pela estatal acumula alta de 66%.

O anúncio dos reajustes ocorre após questionamentos no mercado sobre a política de preços da companhia, que começou a observar prazos mais longos antes de decidir por mudanças. Na sexta, a Ativa Investimentos publicou relatório apontando defasagem de 20% no preço da gasolina.

Com Folhapress

Edição: Vitor Fernandes
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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