Prefeitura de BH faz compra de R$ 22 milhões em tablets para distribuir a alunos da rede pública

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Equipamentos vão auxiliar no ensino público (FOTO ILUSTRATIVA: Samsung/Divulgação)

A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) anunciou a compra de 22,5 mil tablets para distribuir aos alunos da rede municipal de ensino. Cada aparelho custa R$ 982 e o valor total do contrato firmado para aquisição ultrapassa R$ 22 milhões. Detalhes foram publicados no DOM (Diário Oficial do Município) desta quinta-feira (12).

O extrato de contrato apresenta que as mais de 22 mil unidades vão ser distribuídas para “viabilizar o retorno das atividades letivas presenciais e remotas em contexto de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional causada pelo agente etiológico Covid-19”.

A SMED (Secretaria Municipal de Educação) informou ao BHAZ que, em setembro de 2020, a Câmara de Coordenação do Orçamento da PBH “liberou mais de 70 milhões em investimentos na área de TI para as escolas da rede municipal”. “Desde aquele momento, a secretaria municipal de Educação vem tentando fechar as aquisições e participou de mais de 10 processos de compras”, esclareceu.

Os tablets estão sendo priorizados aos alunos que têm maior dificuldade de acesso tecnológico ao ensino remoto, segundo a pasta da Educação. “As famílias nesta situação foram mapeadas e são chamadas para assinar o termo de responsabilidade pelo empréstimo e receber as instruções de uso e a distribuição já tem sido feita na medida em que os equipamentos chegam desde janeiro”, explicou a pasta.

Equipamento com atividades

Os aparelhos da marca Samsung vão acompanhados de atividades matemáticas e, conforme explicado pela SMED, o professor tem “controle do percurso já realizado pelo aluno que compartilha com ele os resultados individuais”. “A faixa etária prioritária são alunos de 4º a 9º ano, que tem mais autonomia para o uso deste tipo de tecnologia que já faz parte da vida da maioria”, completou.

Mesmo com o retorno das aulas presenciais, a SMED afirmou que os tablets serão importantes, pois, “com o distanciamento, os rodízios permitem que os alunos frequentem a escola no máximo duas vezes por semana”.

“O ensino remoto segue sendo uma imposição da pandemia e os equipamentos ainda vem em boa hora para o fechamento do ano letivo 2020/2021, já que as famílias podem optar por enviar ou não os estudantes para as aulas presenciais”, concluiu a secretaria, em nota (leia na íntegra abaixo).

Nota da SMED na íntegra

A secretaria municipal de Educação informa que em setembro de 2020, a Câmara de Coordenação do Orçamento da PBH liberou mais de 70 milhões em investimentos na área de TI para as escolas da rede municipal. Desde aquele momento, a secretaria municipal de Educação vem tentando fechar as aquisições e participou de mais de 10 processos de compras.

Até hoje, tivemos sucesso apenas na entrega de 5mil tablets no primeiro semestre deste ano, de um total de 45 mil divididos em 3 contratos como este publicado no DOM de hoje, 12 de agosto. O mercado de itens tecnológicos foi também surpreendido pela pandemia e a produção nacional não tem conseguido responder à nova demanda em larga escala, uma vez que os insumos desta cadeia produtiva são todos importados da Índia e Coreia e demandados por todo o mundo.

Neste início de mês foi então que a SMED conseguiu fechar a distribuição de mais de 47 mil chips para alunos da rede municipal, e assim que os tablets forem chegando às famílias, esses chips serão repassados do celular para os aparelhos. Todo esse processo será concluído com a entrega destes 22.500 tablets prevista para o mês que vem.

Vale lembrar que estes equipamentos não perderam a utilidade com a abertura das escolas. Com o distanciamento, os rodízios permitem que os alunos frequentem a escola no máximo 2 vezes por semana. Assim, o ensino remoto segue sendo uma imposição da pandemia e os equipamentos ainda vem em boa hora para o fechamento do ano letivo 2020/2021, já que as famílias podem optar por enviar ou não os estudantes para as aulas presenciais.

Os tablets têm sido priorizados àqueles alunos com maior dificuldade de acesso tecnológico ao ensino remoto. As famílias nesta situação foram mapeadas e são chamadas para assinar o termo de responsabilidade pelo empréstimo e receber as instruções de uso e a distribuição já tem sido feita na medida em que os equipamentos chegam desde janeiro.

A faixa etária prioritária são alunos de 4o a 9o ano, que tem mais autonomia para o uso deste tipo de tecnologia que já faz parte da vida da maioria e a metodologia adotada pelas escolas que recebem os equipamentos foi concebida em um projeto chamado MetaBH, que trouxe para o mundo virtual o que chamamos de gatilhos, que são provocações através de jogos e outros meios capazes de fazer os alunos estarem aptos a receber e assimilar conteúdos que estão com dificuldades de aprender das formas tradicionais.

Estes tablets por exemplo vão acompanhados de atividades matemáticas por níveis de aprendizagem no kan academy, que é uma plataforma intuitiva de desenvolvimento deste tipo de atividade. O professor tem controle do percurso já realizado pelo aluno que compartilha com ele os resultados individuais nesta plataforma. Além disso, os tablets estão sendo usados para assistir a vídeos e/ou para interação com o professor nos momentos de aulas síncronas. Os tablets não perderão a utilidade pós pandemia, porque já estão em fase de planejamento para 2021 as atividades em sala mediadas por tecnologias”.

Edição: Giovanna Fávero
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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