Professor diz ter sido vítima de ‘complô’ de colegas e será indenizado

corredor de escola
O ex-funcionário alega ter recebido uma advertência injusta por não ter enviado um plano de aula para o professor substituto (IMAGEM ILUSTRATIVA: Banco de imagens/Unsplash)

Uma instituição de ensino com sede em Montes Claros foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização a um professor que foi vítima de um “plano” da supervisora para manchar a imagem dele na instituição. O ex-funcionário, que trabalhava no local há nove anos, alega ter recebido uma advertência injusta por não ter enviado um plano de aula ao professor substituto.

Segundo ele, a coordenação orientou que seu substituto não confirmasse o recebimento do material didático, para que ele fosse punido. O profissional alega que houve perseguição por parte da coordenação pedagógica da unidade de Montes Claros, “que arquitetou um plano para macular a imagem dele na instituição”.

Com a punição, o profissional de educação ficou impedido de viajar e continuar o seu trabalho de apoio na estruturação do conteúdo programático da instituição, “o que lhe causou frustração, abalo psicológico e moral”. Por isso, ele pediu que a Justiça intervisse por meio de uma ação trabalhista, que foi julgada pela 3ª Vara do Trabalho de Montes Claros.

Escola contesta

A instituição de ensino entrou com um recurso, alegando que essa foi a única penalidade aplicada durante os nove anos de contrato do profissional, o que não poderia configurar perseguição ou assédio moral. Na versão da instituição, ao procurar a supervisora solicitando orientações para ministrar as aulas, o instrutor substituto deu a entender que não tinha recebido o material e o plano de aulas.

A escola alegou que a advertência escrita aplicada ao professor teria se dado pela sua postura profissional inadequada”, ao não deixar o planejamento de aulas no prazo correto. Porém, um email anexado ao processo prova que o professor enviou o plano de aulas ao instrutor substituto, o que também comprova que não existia um prazo específico para o envio.

‘Trama para prejudicar’ colega

A supervisora já havia recebido o email do autor, pois foi enviada cópia para ela, conforme confirmou testemunha. O instrutor substituto não disse à supervisora que não havia recebido o plano de aula. Perguntou apenas se deveria entrar em contato com o colega para alinhar o material didático, considerando que era uma turma que ele não conhecia”ressaltou a relatora do caso, Maria Stela Álvares da Silva Campos.

Os depoimentos prestados no processo, portanto, comprovaram que, de fato, houve uma trama dos empregados da coordenação para prejudicar o professor. 

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!