Na madrugada desta sexta-feira (25), a hashtag #BurgerKingLixo entrou para os assuntos mais comentados no Twitter por brasileiros. O motivo do ataque à rede de restaurantes? Uma peça publicitária que apresenta um caminho para pessoas que dizem não saber como explicar LGBTQIA+ para crianças. A temática do comercial não agradou grupos conservadores.
A propaganda do Burger King já começa lançando a pergunta: “Não sabe como explicar LGBTQIA+ para crianças?”. Em seguida, responde: “Aprenda com ela”.
Assim, o filme traz uma série de respostas espontâneas de crianças. Os pequenos foram ouvidos ao lado de seus responsáveis. Apenas as perguntas foram roteirizadas. Dessa forma, a campanha demonstra como o assunto pode ser tratado com mais naturalidade.
“O lançamento da campanha tem como objetivo endereçar um ponto de reflexão à população em geral. O preconceito é uma construção social e, com toda a responsabilidade que nos cabe enquanto companhia, conseguimos mostrar que os pequenos carregam o discernimento a partir de um olhar muito sensível e humano”, explicou Juliana Cury, diretora da marca Burger King do Brasil, à revista Exame.
Conservadores reagem à propaganda do Burger King
No Twitter, grupos conservadores lançaram uma campanha para denunciar o comercial no YouTube. Ao mesmo tempo, a hashtag #BurgerKingLixo ganhou força por reunir parte das críticas feitas à rede de restaurantes.
“O Burger King não faz bem para sua saúde e nem para a família brasileira”, diz uma das imagens que viralizou. A mensagem ignora o fato de grande parte dos núcleos familiares no país serem formados por pessoas LGBTQIA+.
Na mesma hashtag, também já existem milhares de postagens de apoio à campanha do Burger King. “Toda forma de amor é valida! O comercial está lindo!”, diz um dos tweets com maior repercussão.
Cartilha para aprofundar no tema
O Burger King ainda lançou uma cartilha com dicas para as pessoas que desejam saber mais sobre o tema (confira aqui). A iniciativa surgiu de uma parceria com a ONG Mães Pela Diversidade.
“A cartilha contém a informação necessária para desconstruir o preconceito e para que cada vez menos as famílias sofram o efeito da LGBTfobia”, explica Maju Giorgi, coordenadora nacional da ONG Mães pela Diversidade.