O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais (Sitraemg) enviou um ofício à Justiça Federal, no final da manhã desta segunda-feira (2), pedindo a adoção de uma série de medidas após um elevador cair e matar um homem no prédio do Tribunal.
Dentre os pedidos está o trabalho remoto para todos os funcionários dos três prédios da Justiça Federal em Belo Horizonte. Após o acidente de hoje, a presidência anunciou o home office apenas no edifício onde houve a queda. Os representantes dos servidores ainda demandaram uma reunião de urgência com a presidência do órgão e fiscalização dos órgãos competentes.
“Não é a primeira vez que acontece acidente com elevador do Tribunal. Os servidores estão com medo e abalados psicologicamente”, afirmou Alexandre Magnus, coordenador-geral do sindicato.
A situação dos elevadores do Tribunal já havia sido pauta de reunião entre o sindicato e a presidência do TRF-6 em julho deste ano, quando uma servidora teve a perna prensada em um dos prédios. Na época, a cabine parou entre o térreo e o subsolo. Quando a funcionária tentou sair, a estrutura se mexeu e a mulher ficou presa.
No encontro, os servidores chegaram a pedir home office para os trabalhadores que não se sentiam seguros em estar no local e pediram a substituição dos elevadores.
“A gente quer trabalhar, mas com segurança. Só teremos segurança quando recebemos esses pareceres”, defendeu o coordenador.
Elevador despencou do 17° andar
O acidente desta manhã aconteceu no Edifício Oscar Dias Corrêa, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de BH. De acordo com o TRF-6, três elevadores já haviam sido reformados. O quarto, envolvido no acidente, era o último que faltava para ter a modernização concluída. “O Tribunal esclarece que a manutenção técnica dos elevadores é mantida rigorosamente em dia”, destacou o órgão federal.
A vítima da tragédia é Aldemir Rodrigues de Souza, da empresa Reformar Elevadores. Ele trabalhava na manutenção no momento do acidente. A cabine estava parada na casa de força, no 17º andar. O Tribunal afirmou que presta apoio à família da vítima.