Um homem suspeito de roubar e matar três homens homossexuais no Paraná e em Santa Catarina, entre abril e maio deste ano, foi preso neste sábado (29) em Curitiba. Enquanto ele ainda estava foragido, na última semana, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Paraná o classificou como um serial killer – que comete assassinatos em série – com problemas psicológicos.
O suspeito é responsável pelas mortes de David Júnior Alves Levisio, no dia 27 de abril, e Marco Vinício Bozzana da Fonseca, morto no dia 4 de maio, ambas em Curitiba. Ele também é suspeito do latrocínio de Robson Olivino Paim, no dia 16 de abril, em Abelardo da Luz, Santa Catarina.
Os crimes
As vítimas eram homossexuais e moravam sozinhas. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o suspeito marcava os encontros por aplicativos de relacionamento gay. Em um primeiro momento, ele trocava fotos com os homens e combinava de encontrá-los em suas casas. Ao chegar no local, ele os estrangulava e cobria os corpos com cobertores após o crime. Segundo a corporação, ele não chegava a ter relação sexual com as vítimas.
Os três homens foram encontrados mortos nas próprias camas, com sinais de asfixia, e tiveram pertences roubados. No dia 11 de maio, o serial killer ainda tentou matar mais um homem homossexual, ainda em Curitiba. Na ocasião, a vítima conseguiu resistir ao ataque, mas teve alguns bens roubados.
“Ele tem perfil de serial killer, com problemas psicológicos. Precisamos tirá-lo de circulação o quanto antes, pois está matando uma média de uma pessoa por semana. Queremos realmente alertar o grupo gay”, afirmou o delegado Thiago Nóbrega, no dia 17 de maio, quando o suspeito era considerado foragido no Paraná e em Santa Catarina.
Investigação
Inicialmente, os casos foram tratados como homicídio, mas a Polícia Civil identificou que houve roubo de pertences das vítimas, classificando os crimes como latrocínios.
Após investigações com a contribuição da vítima que sobreviveu ao ataque, os policiais encontraram o suspeito. Durante as investigações, a Polícia Civil do Paraná ainda contou com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina.
