Um homem de 36 anos foi preso preventivamente suspeito de perseguir e ameaçar sua ex-esposa, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, o suspeito também chegou a ameaçar pessoas do convívio da vítima e a divulgar vídeos íntimos da mulher.
A prisão ocorreu segunda-feira (14) e, com o homem, foi apreendida uma faca e uma arma de airsoft, usadas para ameaçar a vítima por meio de vídeos e fotos. O indivíduo também teve o celular apreendido, que está sendo periciado pela Polícia Civil.
As investigações tiveram início no dia 24 de março, quando a vítima procurou a delegacia para requerer medidas protetivas contra o ex-marido. De acordo com a mulher, em janeiro ela havia pedido separação, mas o homem não aceitou e desde então começou a persegui-la.
“Ele ia todos os dias ao trabalho dela, levando flor, chocolate, para restaurar o casamento, e ela não queria mais. Ele mandava mensagem, chegou a enviar mais de cem e-mails para ela, pedindo esse retorno. Ela não conseguia mais trabalhar nem frequentar a igreja, porque ele estava sempre por perto, não a deixava em paz”, conta a delegada Cristiane Gaspari, que comandou as investigações.
Quando o suspeito tomou ciência da medida protetiva, que começou a valer no dia 26 de maio, ele passou a ameaçar a ex-esposa e o seu atual namorado, além de outras pessoas do convívio da mulher. “Ele procurava familiares, membros da igreja onde a vítima frequentava, chegando a enviar mensagens inclusive para colegas de trabalho dela”, afirma a delegada.
Além disso, depois de uma discussão, o homem chegou a mandar vídeos íntimos da mulher para a pastora da igreja e para a família dela.
Filho do casal envolvido no crime
A delegada Cristiane Gaspari conta que o investigado chegou a usar o filho do casal, de 3 anos, para convencer a ex-esposa a retornar para casa, dizendo que a criança estava doente e só chorava porque queria a mãe de volta.
“Ele disse que teria levado o filho ao hospital em razão de uma febre, e o médico teria receitado um remédio muito forte, que na verdade é para adulto”, afirma a delegada ao informar que o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso.
Entretanto, quando o órgão solicitou ao suspeito o receituário dos medicamentos, o homem apresentou um documento falsificado: a criança não havia dado entrada na unidade de saúde que constava na receita. Diante dessas alegações, o homem também pode responder por falsificação de documentos e por fornecer medicamentos à criança sem orientação médica.
Com Polícia Civil