Theo Becker diz que tentou ‘ser gay’, mas não ‘conseguiu’ e recebe críticas nas redes

Theo Becker
Theo detalhou o episódio em entrevista (Reprodução/@theobecker/Instagram)

O ator Theo Becker, de 44 anos, causou revolta nas redes sociais depois de dizer que “tentou ser gay”, mas não “conseguiu”. No Twitter, o famoso relatou que em certo momento da vida pensou na “possibilidade de ser gay”, mas chegou à conclusão de que não é de sua “natureza”. É importante frisar sempre que ser homossexual não é uma “escolha”, como o ator deu a entender na declaração.

“Juro… tentei ter mente aberta, um dia pensei na possibilidade de ser gay, mas não consegui… não era de minha natureza. Respeito máximo a escolha de cada um. NÃO FIQUEM CHATEADOS COMIGO… EU TENTEI”, disse Becker, nessa terça-feira (14). O tuíte tem mais de duas mil curtidas e dois mil comentários.

Nas respostas, os internautas apontam que se a sexualidade fosse uma escolha, muitos não escolheriam gostar de pessoas do mesmo sexo, já que isso ainda é um tabu na sociedade. “Oi Theo, tudo bem? Então, é compreensível você não ter conseguido, porque não é algo que se escolhe. Se tivéssemos escolha, muitos de nós não seria, porque a gente passa por muita dificuldade… questão de aceitação da família, amigos, sociedade no geral. Então não encana não”, disse um usuário.

Houve quem pedisse para o ator continuar “tentando”: “Theo, você é brasileiro, não desista, tente outra vez”. Theo, por sua vez, respondeu com um “negativo”. Outro perguntou se na tentativa ele foi “passivo ou ativo”, mas o ator esclareceu que não praticou o sexo, apenas “pensou”.

Theo Becker detalha episódio

Para o portal UOL, Theo contou que a “tentativa” aconteceu há 10 anos. O ator ainda disse que muitas pessoas ao seu redor eram gays e que se sentia careta por não ser. “Inúmeras vezes me senti desejado por outros homens. É como se só dependesse de mim, da minha decisão. Por anos eu só decepcionei e não retribui. Até que um dia pensei, me imaginei fazendo. Queria saber se eu teria vontade de estar com outro homem, mas não consegui. Não era da minha natureza”, disse.

“Sempre quis entender essa vontade. Muitos ao meu redor eram gays, e me sentia careta, mas de fato eu não consegui”, complementa. Segundo o ator, o pensamento se deu por conta do flerte de um amigo. “Ele demonstrava interesse e era uma pessoa muito legal. Aí resolvi cogitar, mas vi que estava completamente bloqueado”, disse. Ele também falou que chegou a ter “mente aberta” para imaginar o beijo, mas que não conseguiu prosseguir para além do pensamento.

O ator ainda rejeitou qualquer rótulo de “homofóbico” e apontou que se sente bem conversando com amigos gays. “São as pessoas com quem fico horas conversando. Prestativos. Posso ligar para eles às 3h, e meus amigos gays me atendem e me escutam”, relatou.

Orientação sexual não é escolha!

O pesquisador Juliano Bonfim, do NUH (Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), afirma que orientação sexual não é uma escolha. De acordo com Bonfim, orientação sexual é o termo correto, pois é como a sexualidade e o desejo sexual das pessoas é direcionado internamente, sendo que as pessoas não optam por qual gênero sentirão atração afetiva e sexual. 

“Tem muito problema falar: vamos respeitar as pessoas independentemente da sua ‘opção’ sexual, porque é aquela coisa do politicamente correto. A gente acaba não respeitando a pessoa por causa da sua constituição e acaba justificando que vai respeitá-la apesar dessas outras coisas”, disse para a TV UFMG.

Edição: Vitor Fernandes

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