A Forbes revelou que o cantor Thiaguinho está faturando R$ 2 bilhões anualmente após investir na compra da própria gravadora. Em abril deste ano, o artista saiu oficialmente da Som Livre, e transformou a editora que administrava suas canções e obras em uma gravadora de distribuição das suas músicas. A empresa conta, atualmente, com 210 funcionários com carteira assinada.
O fenômeno do pagode fez um investimento de R$ 52 milhões e adquiriu a própria gravadora, a “Paz & Bem”. A empresa, criada em 2009 por Thiaguinho juntamente a um antigo sócio, Bruno Azevedo, era responsável por administrar as obras do cantor.
De 2015 para 2016, já desempenhando seu trabalho solo, o artista rompeu com seu antigo escritório, e a Paz & Bem passou a gerir a carreira dele. “Eu era muito novo na época do grupo [Exaltasamba], não tinha o conhecimento de tudo o que acontecia no mercado da música e até hoje busco conhecimento, porque é um universo muito amplo”.
Empresa não demitiu na pandemia
“[Cuidar da própria carreira] foi uma ótima oportunidade para crescer enquanto artista em todos os sentidos. Não só musicalmente, mas também como gestor – e entender tudo o que envolve uma carreira”, disse Thiaguinho à Forbes. Dos 210 funcionários trabalhando na Paz & Bem, nenhum deles teve seu contrato encerrado por conta da pandemia.
Enquanto gestor exclusivo da empresa, pois a parceria com Bruno Azevedo foi encerrada, Thiaguinho reconhece seu papel de provedor para inúmeras famílias. A projeção que a gravadora possui é de impacto direto em cerca de 4 mil pessoas.
“Sempre fomos muito organizados financeiramente, sempre tivemos preocupação com o caixa para que pudesse dar segurança caso acontecesse alguma coisa comigo. Conseguimos não mandar ninguém embora na nossa equipe, e isso me deixa muito feliz. Valorizo muito a galera que me ajuda a ser quem eu sou e poder fazer o que amo”, disse o cantor.
Planos de gerir outros artistas
No primeiro momento, o foco da gravadora estava sendo em lançar os trabalhos de Thiaguinho, no entanto, o artista não descarta a possibilidade de gerir projetos de outros cantores. “Tudo vai depender do crescimento dela, mas seria uma honra. Sou um cara muito curioso nesse sentido de procurar artistas e compositores novos”, afirmou.
O faturamento anual de R$ 2 bilhões da empresa vem grande parte por conta da música do artista, mas a publicidade também contribui para esse valor. Thiaguinho fechou, durante a pandemia, contrato para ser embaixador da Reebok, e parceiro da Colgate, Nive Men, REd Bull e XP Investimentos.
“Fico feliz por representar marcas porque é uma responsabilidade grande. Apostam na sua imagem e em tudo o que envolve a sua carreira. Tem a ver com sua conduta e sua credibilidade”, disse o intérprete de “Ousadia e Alegria”. De acordo com a Forbes, em grande parte dos contratos o cantor entra não só como garoto-propaganda, mas também como marca.
