Vacina da UFMG: Universidade vai pedir autorização à Anvisa para começar testes em humanos

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Pesquisadores estão terminando de elaborar dossiê sobre testes em animais (CTVacinas UFMG/Divulgação)

Até o final deste mês a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) deve entregar um pedido para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorize testes da vacina Spintec em humanos. Segundo a Universidade, os testes são feitos em duas fases que avaliam a segurança da vacina. O intuito é identificar se ela provoca ou não efeitos adversos.

Além disso, o teste também serve para avaliar a capacidade de imunização, ou seja, se a Spintec consegue induzir a produção de anticorpos e células de defesa específicas, gerando resposta imune para proteger os vacinados contra a Covid-19. A fase 1 vai contar com a participação de aproximadamente 40 voluntários e a 2, entre 150 e 300 voluntários.

A UFMG está na fase final de preparação de dossiês contendo dados e informações que apontem o bom funcionamento da vacina a partir dos testes realizados em camundongos humanizados, em hamsters e em primatas.

De acordo com a instituição, os resultados dessa fase foram positivos e a vacina não gerou efeitos colaterais adversos detectáveis, e demonstrou a capacidade de produção de anticorpos. O dossiê deve ser entregue até o final deste mês para ser analisado pela Anvisa.

Assim, os testes da Spintec, fase 1 e fase 2, serão realizados com voluntários que já tenham recebido as duas doses da vacina Coronavac há pelo menos seis meses. Com isso, será avaliada a capacidade de resposta em relação a esse reforço contra a Covid-19. 

Maior cobertura contra variantes

Ainda segundo os pesquisadores da UFMG, o imunizante pode ser mais eficaz contra as a maioria das mutações do novo coronavírus, por conta da sua composição à base de proteína.

As vacinas preparadas no Brasil, como a Spintec, devem chegar aos braços dos brasileiros somente no ano que vem, quando a população já estará vacinada. Com isso, essas vacinas serão caracterizadas como dose de reforço com o objetivo de manter a imunidade das pessoas em relação às infeções provocadas pelo novo coronavírus.

Edição: Giovanna Fávero
Jordânia Andrade[email protected]

Repórter do BHAZ desde outubro de 2020. Jornalista formada no UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) com passagens pelos veículos Sou BH, Alvorada FM e rádio Itatiaia. Atua em projetos com foco em política, diversidade e jornalismo comunitário.

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