Zema cria auxílio emergencial de R$ 39 para pessoas na extrema pobreza

Romeu Zema e sacos de arroz
O auxílio foi criticado pelo valor de R$ 39 (Gil Leonardi/Imprensa MG + Reprodução/Twitter)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criou um auxílio emergencial de R$ 39 mensais para pessoas que vivem em situação de extrema pobreza no estado. A medida foi publicada por meio de um decreto, nesta sexta-feira (11), no Diário Oficial de Minas Gerais. O valor será pago em até três parcelas e a portaria já passa a valer hoje.

“Fica criada a renda emergencial temporária destinada às famílias em situação de extrema pobreza, com a finalidade de reduzir os efeitos socioeconômicos decorrentes das ações de enfrentamento do estado de calamidade pública em decorrência da pandemia”, justifica trecho do decreto (leia na íntegra aqui). O texto prevê ainda que a renda pode ser concedida em até três parcelas.

Nas redes sociais, várias pessoas já começaram a comentar sobre a decisão do governador. A alta do preço do arroz tem sido protagonista nas publicações. “Isso é uma piada né? Me diz que é piada, não dá pra comprar nem dois sacos de arroz”, comentou um usuário do Twitter. O BHAZ consultou os sites dos principais supermercados de Belo Horizonte, e constatou que o valor médio de um saco de arroz de 5kg é de R$ 26,70 (saiba mais aqui).

Levando em conta esse preço médio do saco de arroz de 5kg, o auxílio emergencial não conseguiria arcar, mensalmente, nem mesmo duas unidades desse alimento básico do brasileiro. “Deve ser dólares e o pessoal entendeu errado”, ironizou outro usuário na internet.

Em Belo Horizonte, conforme o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o preço médio de uma certa básica é de R$ 478,07, ou seja, o valor estipulado pelo Governo de Minas corresponde a 8% do valor médio dos alimentos essenciais.

Como receber a grana?

Para sacar o dinheiro, as famílias devem ter renda mensal de até R$ 89 por pessoa. Cada integrante do grupo familiar deve estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) até 11 de julho de 2020 (leia o decreto na íntegra aqui).

Segundo a publicação, a renda emergencial é temporária e tem a finalidade de reduzir os efeitos socioeconômicos decorrentes da situação de calamidade pública causada pela pandemia da Covid-19. O texto também informa que o auxílio, coordenado pela Sedese (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social) poderá ser prorrogado enquanto durar o estado de emergência em saúde pública.

Repercussão

Várias pessoas fizeram posts indignados na internet após o anúncio do auxílio. Veja:

O que diz o governo?

O BHAZ enviou, por e-mail, uma demanda para o Governo de Minas. Tão logo a resposta seja enviada, a matéria será atualizada.

Edição: Aline Diniz
Camila Saraiva[email protected]

Jornalista formada pela PUC-Minas em 2015. Pós-graduada em Jornalismo em Ambientes Digitais pelo Centro Universitário UniBH em 2019.

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