Zema confirma arrancada, bate Anastasia e é eleito o novo governador de Minas Gerais

Zema comentou por meio de nota a situação da capital. (Henrique Coelho/Bhaz)

O empresário Romeu Zema é o novo governador de Minas Gerais. O concorrente do Novo foi eleito para assumir o cargo máximo do Executivo estadual a partir de 2019 após receber mais de 5,8 milhões de voto. Até a publicação desta reportagem, com 83% das urnas apuradas, Zema registrava 71% da preferências dos votos válidos: seu rival, Antonio Anastasia (PSDB), anotava 2,3 milhões de votos – o que representava cerca de 28%.

Com o resultado, o empresário consegue confirmar dois feitos históricos: uma arrancada impressionante no fim do primeiro turno, quando possuía 9% das intenções de voto; e ocupar o primeiro cargo de relevância do Executivo pelo Novo, partido criado em 2011, mas com registro deferido pela Justiça Eleitoral apenas em 2015.

Virada

Zema tinha 9% das intenções de voto no início deste mês e, depois do derradeiro debate na TV Globo antes do primeiro turno, ao declarar apoio ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), chegou a 15% nas últimas pesquisas divulgadas antes da primeira votação.

Já na eleição, o empresário somou mais de 4 milhões, ou 42,7% dos votos válidos, tirou o atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), da disputa e ultrapassou Anastasia, que, segundo as pesquisas prévias, tinha chance até mesmo de conquistar a vitória no primeiro turno.

Desde então, Zema não saiu mais da liderança. O empresário viu um caso antigo de suspeita de abuso sexual ser ressuscitado durante o segundo turno. No entanto, a Polícia Civil de Minas se manifestou para reforçar que o caso havia sido investigado e descartada a existência do crime e, por consequência, da participação do governador eleito. Veja a reportagem completa sobre o assunto aqui.

Romeu Zema, que completou 54 anos hoje, é empresário e esta é a primeira vez que ele concorre a um cargo político. Dono do bilionário Grupo Zema, rede de varejo forte em Minas que tem 430 lojas e um faturamento de R$ 4,5 bilhões, Zema sempre atuou nos negócios da família e até poucos meses atrás era o presidente do conselho de administração do grupo, que atua em setores diversos: da moda aos postos de combustíveis, passando pelo carro-chefe que são as lojas de eletrodomésticos e móveis.

Liberal

Adepto ao discurso do liberalismo econômico e à redução da máquina pública, o governador eleito promete privatizar todas as empresas do Estado, pois, conforme o próprio, a gestão privada é mais eficiente e está “imune a nomeações públicas e interferências políticas”. O empresário participou da sabatina promovida pelo Bhaz ainda no primeiro turno e falou sobre suas propostas (veja vídeo abaixo).

O político do Novo sugeriu criar avaliação estilo Uber para servidores públicos, instalar câmeras na farda de policiais e atacou a existência da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) que, segundo ele, serve apenas como “cabide de emprego”.

“Sou favorável à privatização de todas as empresas do Estado, no momento certo, com valorização, de maneira transparente e com a condição de que o consumidor seja o grande ganhador. Quanto à Codemig, ela deveria se tornar um departamento de Secretaria da Fazenda, reduzindo uma centena de empregos que servem como cabide político. Quando se cria uma empresa para receber royalties, como a Codemig, ela paga PIS, Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), Imposto de Renda e Contribuição Social à União, fazendo com que o governo perca parte da arrecadação. Uma burrice”, disse Zema, em entrevista ao Bhaz.

Confira a reportagem completa sobre a entrevista aqui.

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