Casa noturna de BH recebe enxurrada de críticas após denúncias de jovens barrados na portaria

Divulgação/Clube Chalezinho

Uma espécie de corrente viralizou entre belo-horizontinos no Facebook, durante a sexta-feira (12), chamando atenção para uma denúncia de discriminação no Clube Chalezinho, localizado no bairro Buritis, em Belo Horizonte. O texto destaca que, apesar da balada ter o slogan “Todos os estilos, uma só paixão!”, a simples análise de fotos postadas em um álbum na fan page da boate pode evidenciar a falta de diversidade no público que frequenta o local. Com a mensagem espalhada pela rede social, uma publicação da casa noturna acabou virando alvo de uma enxurrada de críticas, além de relatos de jovens que afirmam ter sido barrados na portaria.

Tudo começou quando veio à tona o caso de uma garota que entrou com pedido de indenização na Justiça por preconceito, injúria racial e tratamento desigual após ser impedida de entrar no Chalezinho em julho. A repórter Aline Diniz fez uma entrevista exclusiva com a jovem de 20 anos para o jornal O Tempo. Na conversa, a menina conta que o gerente do estabelecimento a olhou “de cima a baixo” e enfatizou que ela não se encaixava no perfil da boate. Por meio de nota, a casa noturna negou a prática de discriminação com base em etnia.

Diante do caso, um texto viralizou no Facebook destacando contradições no posicionamento da boate. Além disso, a mensagem também convida internautas a comentarem em um álbum na fan page do Chalezinho.

Corrente

A reação foi imediata. Até as 10 horas deste sábado (13), o álbum já acumulava 500 comentários com milhares de curtidas. “Então vocês definem quem pode e não pode entrar? Olhando as fotos, parece que esse clube está localizado em algum lugar da Europa, ocidental evidente!”, diz um dos internautas. “Eu vejo apenas um estilo. Hétero, branco,’top’, rico”, aponta outro comentário na fan page.

Reprodução/Facebook
Reprodução/Facebook

Com a repercussão, surgiram até mesmo outros relatos de pessoas impedidas de entrar na casa noturna. “Já fui barrado na porta dessa porcaria também, e eu estava super bem-vestido (a julgar pelas roupas dos frequentadores). Não me deram nenhuma justificativa plausível mas eu acho que o problema deles era com o meu cabelo (que, de fato, é uma merda – ele é bem ‘sarará’, rs). Mas ainda assim, né… acho que não justifica”, escreveu um rapaz.

O outro lado: Chalezinho

A assessoria de imprensa do Clube Chalezinho encaminhou ao Bhaz a nota abaixo, se posicionando sobre a denúncia veiculada no jornal O Tempo e esclarecendo os critérios utilizados para impedir a entrada de pessoas na boate.

Lamentamos ter que explicar o caso sem ter conhecimento de informações suficientes para entender o que de fato houve e até a existência de supostos ex-funcionários não identificados, mesmo após tentarmos contato com a cliente. Mas reafirmamos a inexistência de qualquer prática de discriminação com base em etnia, o que parece ter sido alegado. Nossas restrições de entrada tem critérios objetivos tais como programas de fidelidade, serviços adquiridos, vestimentas (camisetas de time, chinelos, etc), entre outros, abertamente divulgados e disponíveis para consulta de nossos frequentadores. Mais uma vez, nos desculpamos de antemão se a cliente não foi atendida com propriedade. Estamos abertos a buscar a solução para o episódio e apresentar o funcionamento da casa para quem estiver genuinamente interessado no esclarecimento dos fatos.

Maira Monteiro[email protected]

Diretora-executiva do BHAZ desde junho de 2018. Jornalista graduada pela PUC Minas, acumula mais de 15 anos de experiência em redações de veículos de imprensa, como Record TV e jornal Hoje em Dia, e em agências de comunicação com atuação em marketing digital, como na BCW Brasil.

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