O Cefet-MG (Centro de Educação Federal Tecnológica de Minas Gerais) precisou suspender nesta quinta-feira (9) as aulas no campus II, localizado na região Oeste de Belo Horizonte, após a confirmação da morte de um mico por febre amarela no local. Não haverá atividades nos turnos da manhã e tarde. A rotina na unidade de ensino será retomada durante a noite.
Um outro mico também foi encontrado morto na unidade, porém exames não apontaram, a princípio, se ele tinha a doença. Segundo a direção da unidade, a suspensão das aulas foi necessária para a pulverização — aplicação de inseticida — na área onde foram encontrados os corpos dos primatas.
Essa foi a terceira morte de macacos confirmada por febre amarela na capital mineira e a segunda na região Oeste. No início da semana, a Secretaria Municipal de Saúde já havia confirmado a morte de um primata nessa área da cidade.
‘Sentinelas’
O primatólogo e professor de zoologia da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), Sérgio Lucena, explica que a morte de primatas em decorrência da febre amarela pode representar indícios para o avanço da doença em áreas urbanas.
Em entrevista à Agência Brasil, o especialista afirma que, atualmente, o vírus está estabelecido em regiões silvestres, mas que pode propagar rapidamente — atingindo macacos e humanos — para o perímetro urbano. “São sentinelas. Se o vírus começa a se propagar em determinada área, a morte dos macacos nos enviará um alerta”, esclarece.
A Secretaria Municipal de Saúde esclarece, entretanto, que os macacos não são vetores da doença, mas, sim, hospedeiros, assim como os humanos. No perímetro urbano, a doença tem como principal transmissor o mosquito Aedes aegypti.
