Deputados visitam aeroportos e condenam volta de grandes jatos à Pampulha

Guilherme Bergamini/ALMG

 

Os deputados da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reiteraram nesta terça-feira (9) serem contrários à reabertura do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, para aviões de grande porte. Ontem, eles visitaram os aeroportos da Pampulha e de Confins. O estudo para a volta dos jatos à Pampulha está em fase de análise pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Na reunião do último dia 2, dos cinco diretores da agência, quatro apresentaram voto favorável à retomada.

Entretanto, o diretor presidente, José Ricardo Botelho, pediu vistas. Ele  alegou necessidade de avaliar melhor se as exigências feitas pela Anac à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) foram devidamente cumpridas. Com isso, a decisão, que poderia dar fim à polêmica volta dos voos, foi adiada para a próxima reunião, que está prevista para o dia 16, terça-feira que vem.

“O que é preciso pensar é em como reduzir o tempo de deslocamento até Confins. Não podemos retroceder nas conquistas alcançadas, temos é que avançar”, afirmou o deputado Gustavo Valadares (PSDB), autor dos requerimentos para as visitas.Desde 2005, quando os voos de grandes jatos foram transferidos para Confins, o Aeroporto da Pampulha recebe aviões com capacidade máxima de 72 passageiros. Atualmente, o terminal conta com apenas uma companhia aérea (Passaredo), que opera regularmente dois voos diários. As demais operações dizem respeito a fretamentos e aviação executiva.

Caso ocorra essa liberação, o aeroporto poderia receber por semana até 155 pousos e decolagens de aviões do porte do Airbus A319 (com capacidade para até 156 passageiros).

Enviamos um documento com algumas colocações para serem avaliadas também no processo”, explicou Paulo Rangel, presidente da concessionária de Confins, a BH Airport. Ele é contrário à reabertura da Pampulha, pois acredita que reduziria a conectividade de Confins, ou seja, a possibilidade de voos de outros estados e do interior de Minas Gerais abastecerem os voos internacionais que saem do terminal, privatizado em 2014.

De acordo com Rangel, 65% da ocupação desses voos internacionais são provenientes das conexões. Ele salientou, ainda, que a Infraero é dona de 49% das ações do consórcio BH Airport.

O diretor de infraestrutura da concessionária, Adriano Pinho, mostrou aos parlamentares a estrutura do aeroporto e disse que Confins foi projetado para facilitar expansões, de forma que é possível dobrar o número de voos internacionais nos próximos anos. Ele ressaltou também que 7.500 pessoas trabalham no terminal, que tem voos diretos para 43 destinos.

No Aeroporto da Pampulha, que é administrado pela Infraero, os deputados foram recebidos pelo superintendente em exercício, Hélio Cardoso. Segundo ele, o plano é ter três voos por hora. O número é bem menor do que o já recebido no passado pelo terminal, que teve em seu auge 140 voos diários.

O gerente de negócios comerciais da Infraero, José Lúcio Rocha, disse que o prejuízo do aeroporto foi de quase R$ 30 milhões em 2016. Perguntado sobre as inundações no terminal, ele explicou que uma barragem já foi construída e neste ano não foram registrados problemas. O gerente explicou que outra barragem já está em fase de construção.

 

Marcelo

Marcelo Freitas é redador-chefe do Bhaz

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