A Polícia Civil prendeu o homem de 47 anos que assassinou a ex-mulher de 41 a facadas em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, no mês passado. Ele cometeu o crime no dia 17 de maio por não aceitar o fim do relacionamento. Segundo a corporação, os filhos dele só escaparam porque o mais velho, um adolescente de 14 anos, o confrontou e a mais nova, de 12, entrou em desespero e começou a gritar. A data em que ele foi detido não foi divulgada.
A vítima foi morta a facadas diante dos dois filhos. Exames realizados pela perícia apontaram que ela tinha 14 perfurações no corpo. Testemunhas disseram que a relação dos dois nunca foi fácil e que a violência psicológica e ameaças de morte eram frequentes no relacionamento, que durou cerca de 20 anos. Segundo a delegada responsável pela investigação, Adriana Rosa, “ele a tratava como um objeto. Esse crime é uma prova clara de que o machismo mata”, afirmou.
No dia do crime, o ex-marido seguiu a mulher e a filha até a escola onde elas praticavam aulas de dança e foi para a casa da família. Por volta das 23h30, ele invadiu a residência sem que ninguém percebesse. A mulher ouviu um barulho e o encontrou dentro do quarto dos filhos. Ele levou a vítima e as crianças para o banheiro, onde começaram uma discussão. No local, a filha mais nova dos dois começou a passar mal. Foi então que o pai a obrigou a voltar para o quarto com o irmão. Com medo, os dois fingiram estar amarrados ao pé da cama.
Sozinho com a mulher, o ex-marido retirou de uma mochila um vidro que continha um líquido branco e exigiu que a vítima o bebesse. Ao negar, ela foi esfaqueada diversas vezes. Com o intuito de não deixar digitais no local, ele usou luvas e envolveu o cabo da faca em um papelão.
Após matar a ex-companheira, ele ainda tentou ferir a filha, mas o filho mais velho acabou impedindo. As investigações apontam que o convívio do homem com a garota era conflituoso e com o filho bom. Além dos dois, o casal têm um filho portador de deficiência física e mental.