PBH protocola ações para assumir Anel Rodoviário; ‘não nos tratem como cachorros’, diz Kalil

Prefeito se reuniu com políticos do PSD nesta manhã (Amira Hissa/PBH)

O prefeito Alexandre Kalil (PHS) anunciou, em entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (11) que protocolou uma Ação Civil Pública contra a União para que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) assuma a administração do Anel Rodoviário. A medida foi tomada após um acidente envolvendo uma carreta e outros veículos na descida do Anel Rodoviário, na altura do bairro Betânia, na última quarta-feira (6).

A ação requer a municipalização do trecho de 27 quilômetros do Anel Rodoviário que estão dentro do município de BH e a transferência dos recursos ao município.

Segundo o prefeito a ideia é provocar os deputados federais e senadores para que os recursos sejam destinados à BH. “Ninguém quer ser dono do anel, o que não pode acontecer é o abandono. Não estamos preocupados em com quem o Anel vai ficar, mas, sim, com as vidas que passam por lá”, comentou o prefeito.

Kalil aproveitou para mandar um recado os deputados federais que não estão se empenhando em resolver a questão problemática do Anel. Segundo ele, alguns deputados estão preocupados apenas com a reeleição em 2018. “Não nos tratem como cachorros. Se nos tratarem assim, em 2018, ano de eleição, nós vamos tratar vocês da mesma forma”, afirmou.

Além disso, a prefeitura também protocolou uma ação criminal contra no Ministério Público Federal contra superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Mina Gerais. Segundo ele, houve o crime de negligência, pela não sinalização de local de perigo, homicídio e lesão corporal culposo e prevaricação, ou seja, deixar de praticar seu ofício.

“Já estive com o Dnit e nunca tivemos resposta. Já é o segundo projeto que apresentamos e nunca temos retorno. Existe um orçamento de R$ 10 bilhões que não chegou aqui nem para pintura de faixas no trecho. Nosso projeto é um socorro para o anel e custa R$ 600 milhões. A nossa proposta é não matar gente. É uma questão de vida humana”, conta Kalil.

Entramos em contato com a Via 040, administradora do trecho por concessão. Em nota, a empresa não quis se posicionar sobre o tema.

“Não fomos notificados da ação judicial, portanto não temos o que comentar no momento”.

O Bhaz entrou em contato com o Dnit-MG, mas até a publicação desta matéria ninguém foi localizado para falar sobre o assunto.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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