O que seria uma noite de diversão acabou transformando-se em uma grande dor de cabeça para Paula Castro. A jovem foi à casa noturna Night Market, no Buritis, e viveu algo que dificilmente esquecerá: um assédio por parte de um funcionário do estabelecimento.
Em uma publicação no Facebook, ela descreveu tudo que viveu na madrugada de sábado (13). Segundo o relato, por volta das 5h, ao ir até o balcão para pegar três garrafas de água um garçom pediu para que ela entregasse um cartão. Sem entender do que se tratava, ela entregou o cartão de crédito. Aí teve início o mal estar, pois o que ele havia solicitado era o cartão de comanda. Ela explicou que, de fato, recebeu o cartão citado, mas informou que o havia entregue para seu irmão.
O garçom a orientou procurá-lo em outro lugar, como na bolsa. Porém, ele também sugeriu que procurasse dentro da roupa. “Foi o momento que esse infeliz enfiou a mão dentro da minha roupa, tocando nos meus seios”, relatou. Indignada com o ocorrido, a jovem disse que ficou “congelada”, conforme descreve, por aproximadamente dez segundos, e que, no momento não havia compreendido que o assédio havia ocorrido.
Passado este momento, ela voltou e indagou o garçom sobre o que ele havia feito. “Não fiz nada”, foi a fala do suspeito, de acordo com a vítima, que contou que apenas os seguranças da casa se mostraram disponíveis para ajudá-la a resolver a situação.
Paula ainda questionou o comportamento de um possível dono do estabelecimento que, em “momento algum”, mostrou-se disponível para solucionar o caso. “Pensou somente na imagem do Night Market, alegando que a situação não aconteceu”, desabafou. Ao ver as imagens das câmeras de segurança, o homem que se apresentou como dono afirmou que não era possível ver nada, pois as imagens estavam foscas.
Após ver as imagens, Paula não encontrou o garçom que teria praticado o assédio. “Nesse tempo, o homem que me assediou foi retirado do balcão e escondido em um lugar em que eu não podia encontrar! O que para mim foi um desespero. Como eu iria sair dali para a delegacia sem o agressor?”, disse.
Após a chegada da Polícia Militar (PM), o garçom foi apresentado pelo dono do estabelecimento. Os envolvidos foram encaminhados para a delegacia, onde permaneceram das 7h às 16h.
No relato, que já teve quase duas mil curtidas, Paula recebeu apoio por parte dos internautas, que afirmaram que a vítima não pode se calar e precisa denunciar. “Meninas, não se calem! Denunciem, por mais maçante que seja o processo. A paz no coração de ter feito a nossa parte é a melhor recompensa!”, concluiu.
Em nota, o Night Market afirmou que repudia qualquer forma de violência, desrespeito e preconceito. “Todas as pessoas envolvidas foram ouvidas e o material de vídeo apresentado aos agentes competentes pela investigação. O atendente do bar está afastado”, dissera a empresa em nota. O afastamento do suspeito será mantido até que o caso seja esclarecido.
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