Vítima de atentado em boate gay enviou mensagens para mãe antes de morrer

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Na madrugada desta segunda-feira (13), o nome de Eddie Justice, de 30 anos, entrou para a lista das 50 pessoas mortas no atentado da boate Pulse em Orlando, nos Estados Unidos. A história dele ganhou destaque na mídia internacional após jornalistas entrevistarem sua mãe, Mina, que esperava o desfecho do ataque do lado de fora da casa noturna. Os dois trocaram mensagens pelo celular enquanto o atirador mantinha reféns no local.

Mina Justice foi até boate para conseguir informações sobre o paradeiro do filho Foto: Reprodução/Fox
Mina Justice foi até boate para conseguir informações sobre o paradeiro do filho. Foto: Reprodução/WFTV

Eddie já estava escondido no banheiro feminino quando falou com a mãe. Na primeira mensagem, disse que a amava. Em seguida, contou o que estava acontecendo e pediu que ela chamasse a polícia, já que estava com receio de fazer ligações. De acordo com Mina, os dois mantiveram contato durante quase 50 minutos.

Em um determinado momento, Eddie contou que estava encurralado. “Ele está vindo, eu vou morrer”, escreveu. “Eles (policiais) disseram para permanecer em um local que ninguém te machuque”, respondeu Mina. Logo na sequência, a vítima completou: “Ele está no banheiro com a gente, ele está aqui para nos matar”. Essas foram as últimas mensagens recebidas pela mãe, que mostrou a conversa no celular para a emissora local WFTV.

Atirador

Em pronunciamento feito neste domingo (12), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o ataque foi um ato “de terror e de ódio”. Ao total, 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas. O atirador foi identificado como Omar Mateen, 29 anos.

“O FBI está investigando apropriadamente isso como um ato de terror. Vamos aonde quer que os fatos nos levem, o que está claro é que ele [Mateen] era uma pessoa cheia de ódio”, disse Obama sobre o ataque iniciado hoje às 2h e que terminou às 5h, com a morte do atirador.

O presidente afirmou que o massacre poderia ter ocorrido em qualquer comunidade dos Estados Unidos e disse que “este é um dia especialmente doloroso para os nossos amigos que são gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros”.

Natural da cidade de Porto St. Lucie, na Flórida, e filho de paquistaneses, Mateen trabalhava como guarda de segurança e era cidadão norte-americano. Armado com um rifle e uma pistola, ele atirou contra os frequentadores do clube noturno. Depois de um período em que tentou negociar a libertação de reféns, a polícia decidiu entrar no local e atirou no homem.

Maira Monteiro[email protected]

Diretora-executiva do BHAZ desde junho de 2018. Jornalista graduada pela PUC Minas, acumula mais de 15 anos de experiência em redações de veículos de imprensa, como Record TV e jornal Hoje em Dia, e em agências de comunicação com atuação em marketing digital, como na BCW Brasil.

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