Os fãs brasileiros de Counter Strike:Global Offensive (CS:GO) amanheceram nesta quinta-feira (7) com sentimentos opostos. No início da tarde de quarta-feira, mais uma confirmação da impecável fase do SK Gaming, que passou sem dificuldades pelo grupo da morte do major. Em seguida, no entanto, a decepção: o time brasileiro está fora da maior competição já realizada do game: a E-League, com transmissão na TV, o canal fechado Esporte Interativo, e premiação de R$ 4,2 milhões.
O choque na comunidade de e-sports começou quando Min-Sik Ko, presidente da E-League, anunciou a desclassificação dos brasileiros. “Luminosity (antiga organização pela qual os brasileiros jogavam) e SK Gaming (atual agremiação) não estão mais aptos para competir na nossa primeira temporada por mudanças que não estão de acordo com o regulamento”, publicou.
Luminosity & SK Gaming are no longer eligible to compete in our first season due to roster changes that do not comply with @EL rules
— Min-Sik Ko (@minsikko) 6 de julho de 2016
Desde o primeiro dia deste mês, o time formado por Gabriel Toledo (FalleN) e companhia abandonou a Luminosity Gaming (LG) e passou a representar o SK Gaming. A troca foi polêmica e chegou a causar intenso desgaste público entre os envolvidos. Mas a mudança não havia representado nenhuma punição até então.
Segundo o regulamento da E-League, uma organização pode trocar no máximo dois jogadores durante a liga, que começou no dia 24 de maio e terminará apenas no dia 30 deste mês. A forma de organização se assemelha à NBA, liga profissional de basquete estadunidense, na qual os times são franquias e podem ser adquiridos.
Reação
A decisão gerou imediata reação no capitão da equipe. “Basta afirmar que nunca assinamos ou mesmo vimos qualquer contrato com a E-League. As agremiações que ficam responsáveis por isso. Quer punir alguém? Puna-os. Não os jogadores”, escreveu FalleN.
Just to state we never signed or saw contract with ELeague. Organisations did. Wanna punish someone!? Punish them. Not players.
— Gabriel FalleN T. (@FalleNCS) 6 de julho de 2016
Mais tarde, a ESPN revelou que a E-League pretendia apenas multar o SK, organização responsável pela infração. No entanto, uma petição assinada por sete organizações (Cloud9, Counter Logic Gaming, Echo Fox, NRG Esports, OpTic Gaming, Team Liquid, e Team SoloMid) fez com que eles adotassem a mais rigorosa – e prevista – sanção.
So I made a petition as well with players from eleague: liquid, envy, mouz, navi and other said they wanted is to stay. They didnt care ?
— Gabriel FalleN T. (@FalleNCS) 6 de julho de 2016
O líder do time brasileiro reagiu, mais uma vez, com a revelação. “Então eu faço uma petição com os jogadores da E-League: Liquid, Envy, Mouz, NaVi e outros disseram que querem que a gente fique. Eles não ligam”, escreveu.
O movimento criou mal-estar entre os jogadores. Jonatan Lundberg, coach do OpTiC Gaming, chegou a divulgar uma mensagem afirmando que o posicionamento da organização não refletia o sentimento dos jogadores.
A bomba que caiu no cenário mundial de CS deve ter novos desdobramentos em breve. Mas, a não ser que ocorra alguma reviravolta inesperada, as finais da E-League não terão o melhor time do mundo – que, inclusive, foi o primeiro a garantir sua vaga no mata-mata.
Major biggest tournament in CSGO and have this rule. Why would you create a tournament that is different from what we do last 15 years?
— Gabriel FalleN T. (@FalleNCS) 6 de julho de 2016