Lula iniciou seu discurso cumprimentando apoiadores em cima do trio em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, São Paulo, por volta das 12h deste sábado (7). O evento durou quase uma hora.
“Sou o único ser humano que estou sendo processado por um apartamento que não era meu. O jornal O Globo, o Ministério Público, Sergio Moro e tantos outros mentiram”, bradou o ex-presidente. “Eu não estou acima da Justiça, se eu não acreditasse na Justiça, não teria feito um partido político. Acredito na Justiça, mas que seja justa”, fala. O ex-presidente ainda disse que gostaria de um debate com o juiz Sergio Moro para que o magistrado mostre alguma prova os crimes que o político cometeu.
“Eu tenho mais de 70 horas de Jornal Nacional me atacando. Tenho a Record me atacando, a Bandeirantes também. Mas o que eles não se dão conta, é que quanto mais eles me atacam, mais cresce a minha relação com o povo brasileiro. Não tenho medo deles!”
O político abraçou Dilma e teceu elogios a ex-presidente. “Essa mulher foi uma das mais injustiçadas na política brasileira. Repartirei sempre o meu sucesso na presidência com vossa excelência!”, disse Lula.
Diversas personalidades políticas estiveram presentes em cima do caminhão. Mauela D’Ávila, Fernando Haddad, Orlando Silva, Gleisi Hoffman, Eduardo Suplicy e dezenas de companheiros do ex-presidente. Os artistas Osmar Prado, Aílton Graça e o belo-horizontino Flávio Renegado também foram apoiar o político.
Lula também contou sobre sua passagem pelo Sindicado dos Metalúrgicos do ABC e agradeceu a todos que fizeram parte de sua história no local.
Durante o discurso, uma das militantes passou mal e Lula interrompeu o pronunciamento. “Abram espaço e olhem se tem algum médico. Espero que não tenha sido a minha voz (o motivo dela passar mal), se não tenho que falar”, brincou o ex-presidente.
“Não é fácil o que sofre a minha família, o meu filho. A antecipação da morte da Marisa foi a safadeza e a sacanagem que a imprensa e o Ministério Público fez contra ela”, desabafa.
“Não sou contra a Lava Jato. Se for pra pegar bandido, tem que pegar mesmo e prender. Eu quero que continue prendendo. Mas, você não pode fazer julgamentos subordinados a imprensa”, comenta Lula.
O político criticou muito a Rede Globo e disse que o “sonho de consumo” da empresa é que o ex-presidente seja preso. “O sonho de consumo da Veja e da Globo é uma fotografia minha preso. Eles vão ter orgasmos múltiplos. Eles decretaram a minha prisão”.
“Eu vou atender a ordem deles. Vou atender porque quero fazer a transferência de responsabilidade”, comenta o ex-presidente sobre a ordem de prisão expedida por Sergio Moro. “Sairei dessa maior, mais forte, mais verdadeiro e inocente!”, completou Lula.
