URGENTE: Policiais do Choque atiram água e bombas contra professores em frente à PBH

Reprodução/Facebook

A Avenida Afonso Pena, no Centro da capital, se transformou no início da tarde desta segunda (23) em um palco de guerra, depois que homens do Batalhão do Choque da Polícia Militar atacaram um grupo de servidores da educação infantil de Belo Horizonte, que protestavam na porta da prefeitura. Os manifestantes foram atingidos por bombas de efeito moral e jatos de água.

O grupo, com cartazes, protestava em razão do não cumprimento da promessa de campanha do prefeito Alexandre Kalil (PHS) de equiparação das carreiras da educação.  “Atualmente um professor da rede infantil recebe R$ 1,4 mil, enquanto o do ensino fundamental R$ 2,2 mil. Queremos que ele cumpra o compromisso assumido conosco”, disse Wanderson Rocha, diretor do Sindicato dos Trabalhadores de Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH).

A categoria decidiu em assembleia manter a paralisação até o próximo dia 3. “Não tivemos retorno da nossa pauta de reivindicação por parte da prefeitura e por isso decidimos manter a greve”, disse o diretor sindical.

PM diz que buscou o diálogo

Em nota, a Polícia Militar esclarece que dialogou com os manifestantes para que liberassem a avenida Afonso Pena, já que o fechamento total da via causaria prejuízos a todos, inclusive àqueles que precisariam se deslocar com urgência aos hospitais da região.  “A PM dialogou por mais de uma hora e meia com os manifestantes que faziam a interrupção total da via. Após o diálogo, os manifestantes não atenderam o pedido de liberação parcial e a Polícia Militar com intento de resguardar os direitos citados fez o uso diferenciado da força com instrumentos de menor potencial ofensivo, que promoveram a dispersão daqueles que interrompiam o trânsito da Avenida Afonso Pena”.

De acordo com a nota, não foi necessário o uso de munições de borracha, “apenas outros métodos dispersivos previstos no uso diferenciado da força”. A corporação afirma que se mantém “ávida” no resguardo dos direitos previstos na Constituição, ressaltando que “sempre faz com que o diálogo seja a premissa máxima para a resolução de problemas”.

Atualizada às 18h30 para inclusão da posição da Polícia Militar

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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