A versão de entrada da família Argo surpreende em vários aspectos. O primeiro deles é o desempenho, pois o motor 1.0 dá conta do recado, embora exija mais trocas de marcha, e bastante econômico. O acabamento também não decepciona, assim como a suspensão, que consegue equilibrar bem conforto e estabilidade sem ser muito ruidosa.
A Fiat geralmente acerta a mão no design e com o Argo não foi diferente. Embora seja uma questão de gosto, em conversas e trocas de opiniões ouvi na maioria das vezes elogios às linhas bem equilibradas e modernas do hatch que disputa espaço com modelos considerados fortes concorrentes neste quesito, como Chevrolet Onix e Hyundai HB20. No caso do Argo Drive 1.0, destacam-se a grade em colmeia, os faróis com duplo refletor e máscara negra, o bonito desenho das calotas imitando rodas de liga, o vinco acentuado na parte de baixo das laterais, as lanternas em forma de gota e os refletores no para-choque traseiro.
Geralmente, as versões de entrada dos hatch compactos mais acessíveis pecam por terem um acabamento mais descuidado. No caso do Drive, a Fiat resolveu caprichar mais do que fez no Mobi e no Uno. Destaque para o quadro de instrumentos, com display de alta resolução que traz as informações do computador de bordo, o ar-condicionado de série, o volante multifuncional com vários comandos e a central multimídia com tela de sete polegadas do tipo touchscreen. O espaço interno está no mesmo nível dos rivais, ou seja, leva com conforto quatro adultos.
A lista de equipamentos de série do Argo Drive 1.0 ainda inclui equipamentos interessantes, como a direção com assistência elétrica progressiva, que facilitou bem as manobras de estacionamento, ao mesmo tempo em que de demonstrou bom “peso” em velocidades mais elevadas; o sistema Isofix para fixar cadeiras infantis, um equipamento de segurança fundamental para quem tem filhos pequenos; e o sistema Start/Stop, que ajuda bastante a reduzir o consumo no trânsito urbano e tem a opção de ser desligado para quem não quer que ele influencie no ar-condicionado.
O motor que equipa o Argo Drive é o já conhecido Firefly 1.0 de três cilindros que empurra Uno e Mobi. Devido à sua construção, com duas válvulas por cilindro, o motor tem bom fôlego em baixas rotações, o que pode ser traduzido em agilidade no trânsito urbano, seu habitat natural. Mas, para manter o bom ritmo, é preciso mais trocas de marcha. E o câmbio ajuda, com boas relações de marcha e engates fáceis. O nível de ruído de funcionamento não incomoda. A suspensão absorve bem as irregularidades, e não chega a causar sustos nas curvas mais fechadas.
Texto e fotos: Eduardo Aquino
Ficha Técnica
Motor – Dianteiro, transversal, três cilindros em linha, 999cm³ de cilindrada, que gera potência de 72cv (gasolina) a 6.000rpm e 77cv (etanol) a 6.250rpm e torques de 10,4kgfm (gasolina) e 10,9kgfm (etanol) ambos a 3.250rpm
Câmbio – Tração dianteira, câmbio manual de cinco marchas
Suspensão – Independente, do tipo McPherson na dianteira; e eixo de torção na traseira
Freios – Discos ventilados na dianteira e tambor na traseira
Direção – Assistência elétrica
Rodas e pneus – De aço de 14 polegadas, calçadas com pneus 175/64 R14
Dimensões – Comprimento, 4,00m; altura, 1,50m; largura, 1,72m; e entre-eixos, 2,52m
Tanque – 48 litros
Porta-malas – 300 litros
Peso – 1.105 quilos
Equipamentos de série – Direção elétrica progressiva, ar-condicionado, display de alta resolução no quadro de instrumentos, banco do motorista com ajuste de altura, sistema Start&Stop, ISOFIX, travas elétricas e vidros dianteiros com acionamento elétrico.
Opcionais – Sensor de estacionamento com câmera de ré; rádio com Bluetooth e entradas AUX e USB; e central multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas e uma entrada USB extra.
Preços – Básico, R$ 47.790. Completo (incluindo pintura perolizada), R$ 53.290.
