Professores da rede de ensino infantil da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) fazem na tarde de quinta-feira (3) assembleia para decidir se acatam proposta de reajuste de até 20% apresentada na tarde desta quarta-feira (2), pelo secretario de Planejamento, André Reis. Além de reajuste, a PBH acenou com nova rodada de negociações, em dezembro, para redução da defasagem salarial entre a rede infantil e a do ensino fundamental.
A categoria está em greve desde o dia 23 de abril e tem como principal reivindicação uma carreira única para os professores do município. De acordo com Reis, para conceder o reajuste, é necessário enviar um substitutivo ao Projeto de Lei nº 442, que já tramita na Câmara Municipal. Somente depois da aprovação, o reajuste entra em vigor.
Segundo o secretário, a PBH não terá dificuldade na aprovação do substitutivo, mas ele não será enviado para o Legislativo após o fim da greve. O diretor do Sind-Rede, Wanderson Rocha, que participou da comissão de negociação, não quis comentar a proposta, alegando que a assembleia ainda vai avaliar. No entanto, disse que mais importante do que a preocupação com o orçamento da PBH é a valorização das professores do ensino infantil.
O secretário Reis disse que o impacto do reajuste no orçamento da Prefeitura com o reajuste de até 20% será de R$ 15 milhões e não há mais margem para negociação no momento. “Tivemos um ano difícil. Este é um ano eleitoral e temos que ver o impacto disso na economia do país. Por isso, a proposta de nova rodada de negociação em dezembro.
Balanço do Sind-Rede aponta que 80% dos professores da educação infantil estão com suas atividades paralisadas. Rocha diz ainda que das 131 Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis), 73 unidades estão paralisadas, sendo que 91 parcialmente, cinco funcionando e o restante sem informação. São dados que não conferem com os da PBH, que aponta para o funcionamento total ou parcial de 80% das unidades.