A estreia do Brasil na Copa do Mundo da Rússia contra a Suíça bateu recordes de audiência na Rede Globo. Desde 2009, com a exibição do último capítulo de “Caminho das Índias”, em 11 de setembro, que a emissora não conseguia um “share” (parcela de participação de determinada emissora, programa, site, marca ou produto diante do total medido) tão alto.
Com 79,4% de participação no universo de TVs ligadas no Brasil, os telespectadores assistiram ao empate da estreia da Seleção Brasileira na Copa da Rússia. Um recorde histórico foi quebrado mais uma vez pela emissora.
Para explicar melhor: de cada 100 televisores ligados no país no momento do jogo, 79 estavam sintonizados na Rede Globo. Em pontos do Painel Nacional de Televisão (PNT), também uma marca relevante foi registrada. Foram 50,7 pontos, onde cada ponto atualmente equivale a 240 mil domicílios, mais de 12 milhões de residências ou estabelecimentos sintonizadas na narração de Galvão Bueno.
O PNT avalia as 15 principais regiões metropolitanas do país. Um média nacional nesse nível foi visto pela última vez na novela “Passione”, em 11 de janeiro de 2011, que obteve 50,6 pontos.
E, se a média nacional já foi grande, em Belém do Pará então, foi gigantesca. Na capital paraense, a globo foi sintonizada por 88,8% dos televisores ligados, com 58 pontos de média. Recife (PE) também foi muito bem, com 86% de “share” e 52,2 pontos de média.
Números vão contra pesquisa de popularidade da Copa
De acordo com pesquisa divulgada do DataFolha no último dia 12, a maioria dos brasileiros (53%) não tem interesse pela Copa do Mundo da Rússia. Os demais se dividem entre aqueles que têm grande interesse pelo evento (18%), os que nutrem um interesse médio (18%), e aqueles com pequeno interesse (9%), além de 1% que não opinou. Esse índice de desinteresse pela Copa é o mais alto já registrado para o evento, considerando tanto edições anteriores quanto a consulta sobre o interesse pela Copa da Rússia realizada em janeiro deste ano, quando 42% demonstravam falta de interesse pela competição.
O grau de desinteresse pela competição esportiva fica acima da média entre as mulheres (61%) e nas regiões Sul (59%) e Sudeste (58%). No Nordeste, por outro lado, fica abaixo da média (44%), assim como entre os homens (44%) e entre os mais jovens (46%).
O trabalho de Tite à frente da Seleção Brasileira é considerado ótimo ou bom por 64% dos brasileiros, e ruim ou péssimo por 5%. Os demais avaliam o desempenho do técnico como regular (13%) ou preferiram não opinar (18%). Na comparação com o levantamento de janeiro, a aprovação de Tite teve oscilação positiva (era de 62%).
A Seleção é apontada como favorita para ganhar a Copa do Mundo por 48%, índice similar ao registrado em janeiro (47%). Na sequência aparecem Alemanha (11%), Argentina (2%), Rússia (2%), França (2%) e Espanha (2%), entre outros com menor percentual. Há ainda 31% que preferiram não apontar nenhum time. Na comparação com pesquisas Datafolha realizadas sobre o tema antes ou durante edições passadas da Copa do Mundo, o índice atual de favoritismo do Brasil junto aos brasileiros é o mais baixo já registrado.
Com DataFolha
