Doença sexualmente transmissível se alastra e preocupa médicos europeus; conheça a MG

Fernanda Mafra/Prefeitura de Olinda

Especialistas europeus estão em alerta para a proliferação de uma doença sexualmente transmissível pouco conhecida. Chamada de Mycoplasma genitalium (MG), ela pode transformar-se em uma superbactéria resistente a tratamentos com os antibióticos mais famosos. No Reino Unido, autoridades de saúde já trabalham com novas diretrizes para evitar que a doença se espalha e vire um caso de emergência pública. O objetivo é identificar e tratar a bactéria de forma mais eficaz, além de estimular a prevenção por meio do uso de preservativos.

A MG pode ser transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas com um parceiro contaminado. Nas mulheres, pode causar inflamação dos órgãos reprodutivos como útero e trompas de falópio. Além da dor, causa ainda febre, sangramento e até mesmo infertilidade. Nos homens, provoca inflamação da uretra, emissão de secreção pelo pênis e dor ao urinar.

O avanço da MG ocorre principalmente na Europa, mas a bactéria já é monitorada no Brasil. O Ministério da Saúde explica que acompanha o caso devido ao aumento da prevalência da doença, bem como pelo aumento da resistência antimicrobiana. Por não tratar-se de uma infecção compulsória no país, Estados e cidades não são obrigados a informar sobre os casos. Ou seja, não se sabe quantas pessoas são atingidas por aqui.

No Reino Unido, o quadro é preocupante. A Associação Britânica de Saúde Sexual e HIV diz que as taxas de erradicação da bactéria após o tratamento com antibióticos estão menores. A resistência da bactéria a esses medicamentos é estimada em cerca de 40% naquele país. Lá, já existem testes para detectar a bactéria, mas por enquanto não estão disponíveis em todas as clínicas. Amostras podem ser enviadas ao laboratório da agência executiva do Departamento de Saúde e Assistência Social para se obter um diagnóstico.

No Brasil, o Ministério da Saúde afirma que “a realidade ainda é muito diferente da Inglaterra”, mas que é necessário identificar os casos e tratá-los “para interromper a cadeia de transmissão”

“Vale destacar que a camisinha masculina ou feminina é fornecida gratuitamente pelo Sistema único de Saúde (SUS), podendo ser retirada nas unidades de saúde de todo o país”, lembra.

As informações são do Bem Estar.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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