O governador de São Paulo e candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), atacaram a possível candidatura de Fernando Haddad (PT) ao Planalto, na possibilidade do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva não concorrer no pleito de outubro, em função de sua prisão.
Alckmin e Maia estiveram em Belo Horizonte no início da noite desta segunda-feira (6), ao lado do candidato ao Governo de Minas Antonio Anastasia (PSDB), para oficializar a candidatura de Rodrigo Pacheco ao Senado na chapa dos tucanos.
Ao ser questionado sobre o confronto com Haddad em São Paulo, Alckmin atacou a gestão de 13 anos do PT no país e disse que vai tentar manter o histórico de vitória dos tucanos em SP.
“Não sei se ele – Haddad – será o candidato. Mas nós sempre enfrentamos o PT e sempre o derrotamos em São Paulo. Isso não é uma disputa pessoal, mas sim a oportunidade de recuperar o Brasil. É muito triste o resultado dos 13 anos do PT no poder. São milhões de desempregados, empresas fechadas, enfim, um quadro dramático”, disse Alckmin.
Em seguida, Rodrigo Maia disse que, caso o confronto ocorra no Estado, a vitória será quase garantida. “Vai ser fácil. Se a oposição for o Fernando Haddad, será fácil. É só comparar o que ele fez em São Paulo e o que o Alckmin fez. Com isso, a população vai entender quem foi o mais competente e, claro, eleger o melhor nome”, disparou Maia.
Porém, a pesquisa divulgada pelo Ibope na última sexta-feira (3), encomendada pelo grupo Bandeirantes, mostra que, na verdade, em um cenário sem o ex-presidente Lula, candidato pelo PT, a disputa de Alckmin em São Paulo seria acirrada com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
No levantamento, Alckmin aparece com 19% de intenções de voto e Jair Bolsonaro com 16%. Um empate técnico, se considerada a margem de erro da pesquisa de três pontos percentuais. O petista Haddad aparece com 4%.
PSB
Ao comentar sobre a influência do acordo nacional entre os partidos DEM e PSDB sobre a decisão de Rodrigo Pacheco deixar a candidatura ao governo de Minas, Maia negou e disse que apenas propôs ao democrata a possibilidade de concorrer ao Senado.
Além disso, Rodrigo Maia aproveitou a deixa para alfinetar o PSB, que enfrente uma crise interna no partido em Minas por conta da aliança nacional com o PT, firmada pelo presidente da sigla Carlos Siqueira e que culminou na briga pela retirada da candidatura da Marcio Lacerda.
“O DEM, diferentemente de outros partidos, não iria convocar o Pacheco para informar que ele não será candidato. Ele deixa de ser candidato por uma compreensão dele, da importância de estarmos juntos. Claro que isso atrasa seus sonhos por quatro anos, mas ele sabe que terá um papel importante no Senado”, disse Maia.