Minas tem 734 bens culturais desaparecidos; mostra na Estação Central tenta sensibilizar comunidade

Santana e Santo Antônio, ambos de Itacambira, no Norte de Minas

Apesar de Minas Gerais ser o estado com o maior número de bens culturais protegidos, cerca de 60% das peças estão desaparecidas. O banco de dados da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contabiliza, atualmente, 734 itens subtraídos de seus locais de origem.

Para chamar a atenção da população para a questão e não deixar que os bens históricos permaneçam desaparecidos e longe de suas comunidades, a CPPC montou uma exposição que reúne painéis e totens informativos com fotografias de bens culturais mineiros retirados, furtados ou roubados de suas comunidades e que ainda não foram encontrados.

Visitantes, turistas e usuários da Estação Central da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), na Praça Rui Barbosa, no Centro de Belo Horizonte, podem ver a exposição “Em busca do patrimônio perdido”. Ela está montada no espaço denominado “Trem com arte”, próximo à escadaria que dá acesso à plataforma, e pode ser visitada das 5h40 às 23h até dia 31.

Mostra de fotos de bens desaparecidos está em BH até 31 deste mês

Conforme a promotora de Justiça Giselle Ribeiro de Oliveira, coordenadora da CPPC, além de divulgar a imagem das peças, impedindo seu esquecimento, a iniciativa busca mobilizar a sociedade para que ajude a identificá-las e resgatá-las.

“A ideia é popularizar o acesso a essa parte tão importante da história do estado e convidar a população a levar ao MPMG informações sobre o paradeiro das peças, caso as tenha”, diz Giselle.

Exposição itinerante

A exposição Em busca do patrimônio perdido foi inaugurada em 22 de agosto de 2015, no Museu Mineiro, em Belo Horizonte. Em 2016, instalou-se em Ouro Preto, inicialmente na Casa dos Contos e, posteriormente, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, registrando mais de 46 mil visitantes.

No ano passado, ela seguiu para o município de Conselheiro Lafaiete, onde pôde ser vista no Centro Cultural Solar do Barão de Suaçuí.

Montada com base em banco de dados criado pela CPPC em 2015 e premiado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a mostra foi a ganhadora do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2016, na categoria Inovação. A exposição conta com o apoio do MP Cultural.

A cidade que tiver interesse em recebê-la deve entrar em contato com a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico, pelo e-mail [email protected].


Em busca do patrimônio perdido

Quando? Até 31/8, das 5h40 às 23h
Onde? Praça Rui Barbosa, s/nº – Centro. Espaço “Trem com arte”, próximo à escadaria que dá acesso à plataforma
Quanto? Entrada gratuita
Informações?(31) 3769-2600

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