[Farsa ou Fato] Mesários podem anular votos de eleitores de Bolsonaro?

Reprodução/Twitter – Divulgação/EBC

Informações relacionadas à possibilidade de que mesários possam anular votos viralizaram nas redes sociais e no WhatsApp nos últimos dias. Uma imagem com a foto do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) acompanha a maioria dos textos. Os conteúdos sugerem que eleitores do candidato serão prejudicados ao terem votos invalidados por pessoas que trabalham nas zonas eleitorais.

As mensagens ganharam ainda mais força neste domingo (7) e vêm acompanhadas de um alerta. Os textos pedem para que apoiadores do capitão da reserva não vistam amarelo ou outra cor que possam identificá-los para evitar que tenham os votos anulados.

Mas será que os mesários podem mesmo interferir e anular os votos?

Reprodução/WhatsApp

Os alertas ainda pontuam que mesários podem escrever 17 ao lado da assinatura de eleitores para identificar apoiadores de Bolsonaro com o intuito de praticar fraude. Porém, de acordo com o artigo 350 do Código Eleitoral, inserir ou fazer declaração falsa, ou diferente da que deve ser escrita em documento público ou particular para fins eleitorais, é crime. Tal ato pode ser punido com até cinco anos de prisão, além de pagamento de 5 a 15 dias-multa se o documento for público. Segundo o TRE-MG, os mesários passam por um treinamento com orientações para atuar com excelência no dia da eleição.

Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) explica que apenas o eleitor pode anular o próprio voto digitando números que não sejam registrados, oficialmente, por nenhum candidato ou partido político. Ou seja, apesar de ser crime, rasurar documentos para fins eleitorais não anula o voto. Portanto, as informações sobre a possibilidade de mesários interferirem no processo eleitoral e invalidarem votos, inclusive de eleitores de Bolsonaro, tratam-se de uma FARSA.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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