“As pessoas estão cansadas dos políticos de sempre e querem o novo”. Com esses dizeres o candidato ao Governo de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) iniciou seu discurso após ser o mais votado no primeiro turno.
O empresário encontrou com apoiadores no edifício The One, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde comemorou sua ida ao segundo turno, até então improvável devido às pesquisas de intenção de voto.
Na avaliação de Zema, seu crescimento já vinha ocorrendo, mas a participação no debate da Rede Globo foi a oportunidade de apresentar suas propostas. “Foi a primeira vez que tive tempo para mostrar minhas ideias. Diariamente eu tinha seis segundos [de tempo de TV e rádio], no debate o tempo foi igual”, ponderou.
Sobre o tema Presidência da República, que já causou ao concorrente até mesmo uma repressão do próprio partido, o empresário não disse se apoiará Jair Bolsonaro (PSL), afirmando que aguardará a decisão do diretório nacional que será tomada com “muito diálogo”. Mas cravou: “o PT não será capaz de resolver os problemas da crise que ele criou. Eu não votaria e nem apoiaria o PT, pois não compartilhamos as ideias”.
Se eleito for, Zema assumiu o compromisso de ter um secretariado “100% técnico” e destacou que reduzirá o número de pastas de 21 para nove. A situação financeira do Estado foi comparada por ele como a de uma pessoa que ganha R$ 1 mil e de R$ 30 mil. “Só se ganhar na loteria para resolver. O funcionalismo vai receber [os salários] com um pouco menos de atraso”, disse.
A simplificação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Minas Gerais é necessária, na visão de Zema, para que empresários sejam atraídos. “Dá para simplificar e arrecadar”, garantiu.
Ainda projetando uma vitória, o candidato do Novo deseja conhecer os 77 deputados estaduais eleitos, assim como suas prioridades. A renegociação da dívida com a União é um dos objetivos de sua gestão.
Aclamado com gritos de “Os inconfidentes voltaram”, Romeu Zema dirigiu mensagem aos apoiadores manifestando alegria pelo resultado.