Foi deflagrada nesta quarta-feira (21) a Operação Raptores, em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, para desarticular e colher provas da atuação de organizações criminosas especializadas em modificações e alterações ilegais em veículos e em dados cadastrais veiculares nos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) dos três estados.
Os Ministérios Públicos de MG, ES e BA, por meio dos respectivos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crimes Organizado (Gaeco), e a Polícia Rodoviária Federal participam da operação. A coordenação da operação está sendo feita pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES)/Gaeco ES e pela PRF do Espírito Santo (12ªSRPRF/ES).
Ao todo, foram expedidos 21 mandados de busca e apreensão, além do cumprimento de 15 mandados de prisão temporária nos três estados. Em Minas Gerais, foram cumpridos mandados em Belo Horizonte, Congonhas e Uberlândia.
Integrantes dos Gaecos de Minas e da Bahia apoiaram a operação, composta por 19 agentes, 150 policiais rodoviários federais e policiais militares.
Aos grupos criminosos atribuiu-se a prática dos crimes de falsificação e comercialização de documentos públicos, lavagem de dinheiro, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, inserção de dados falsos em sistemas de informações dos Detrans e corrupção de servidores públicos.
Segundo o Gaeco ES, o grupo criminoso realiza alteração fraudulenta de veículos, fazendo com que os mesmos passem a transportar peso superior à capacidade original, sem qualquer tipo de inspeção e de autorização, falsificam documentos e, com a participação de funcionários de Detrans ou despachantes, realizam inserções falsas nos sistemas.
Conforme apurado pelo Gaeco ES e pela PRF, veículos adulterados envolveram-se em dezenas de acidentes com mortes em vias federais, estaduais e municipais. A ocorrência de maior gravidade em rodovias federais no Espírito Santo, envolvendo uma carreta transportando rocha ornamental e um ônibus, que causou a morte de 23 pessoas na BR 101, em Guarapari, faz parte das apurações que motivaram os mandados expedidos.
Do MPES