Prefeitos de Minas Gerais pretendem pedir o impeachment de governador Romeu Zema (Novo), caso os repasses de verba aos municípios não sejam regularizados. De acordo com o presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda (MDB), desde que assumiu a gestão, Zema repassou menos de 50% dos impostos devidos às cidades. Ao todo, 670 prefeitos são associados à AMM. Nesta tarde, 343 participam de uma reunião com Zema para discutir o assunto.
Segundo a AMM, a dívida atual do governo com os municípios alcança a cifra de R$ 342 milhões, referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) do dia 15 de janeiro.
“Caso os bloqueios persistam, no dia 1º de fevereiro, no dia da posse dos deputados, nós vamos fazer manifestação na ALMG e apresentar um pedido de impeachment contra o governador. Não queremos prejudicar o governo, queremos resolver. Mas, não podemos matar os municípios que prestam serviços ao cidadão para tapar buraco do Estado. Não vamos admitir que o governo pegue esse dinheiro e desvie sua finalidade”, afirma Lacerda.
Os prefeitos da AMM se reuniram na manhã desta segunda-feira (21) e decidiram também que só irão retomar as aulas municipais após um acordo com o Governo. “Só vamos retomar as aulas da rede municipal depois da regularização dos repasses”, ressalta o presidente.
Na tarde desta segunda, prefeitos se reuniram com o governador Romeu Zema na Cidade Administrativa para discutir uma proposta. Procurado, o governo ainda não deu retorno sobre os temas levantados pela AMM.
