Grávida e família do namorado estão entre desaparecidos: ‘Esperança é que estejam ilhados ou perdidos’

Fernanda Damian está grávida de Luiz; o casal viajou com o pai e a irmã do rapaz, Adriano e Camila, além da mulher de Adriano, Maria de Lourdes (não está na imagem) (Fotos: Facebook/Reprodução)

Familiares e amigos do empresário Adriano Ribeiro da Silva, de 61 anos, que estava com a mulher, Maria de Lourdes, de 59, dois filhos e a nora – na Pousada Nova Essência, em Brumadinho, têm esperança de que eles estejam ilhados em alguma localidade do município. Adriano e a esposa vivem em São José do Rio Pardo (SP).

O grupo foi à cidade para um passeio no Instituto Inhotim e o último contato foi feito na sexta-feira (25), quando eles comunicaram que tinham chegado bem. A família se hospedou na Pousada Nova Estância, que desapareceu do mapa com a enxurrada de rejeitos.

Um dos filhos de Adriano, o arquiteto Luiz Taliberti Ribeiro da Silva, de 31 anos, tinha o sonho de conhecer Inhotim, e propôs à família – a irmã Camila Taliberti, de 33, o pai e a madrasta, Maria de Lourdes -, que viajassem com ele e a namorada, Fernanda Damian de Almeida, de 30,  grávida de cinco meses. Luiz Taliberti e a namorada, Fernanda, vivem em Sydney, Austrália, e estão de férias no Brasil.

O casal Maria de Lourdes e Adriano Ribeiro
(Facebook/Reprodução)

Segundo informações de Beatriz Duarte, funcionária na imobiliária de Adriano Ribeiro em São José do Rio Pardo, familiares de Adriano e Maria de Lourdes estão em Brumadinho, em busca de notícias do grupo. “A expectativa da família é que eles estejam ilhados ou perdidos em qualquer lugar. A família acha que na hora (do acidente) eles não estavam na pousada porque faziam algum passeio. E também porque a Camila enviou uma mensagem para o namorado depois do horário da tragédia. É a grande esperança de todos; eles estão se agarrando a isso”, disse Beatriz.

Segundo Beatriz, a família saiu de carro, na quinta-feira de dia e chegou em Brumadinho no fim da tarde. “Falei com a Maria de Lourdes pelo telefone na sexta-feira de manhã, ela contou que estava tudo bem, que tinham feito ótima viagem. Depois, falamos sobre trabalho, e ela me pediu que enviasse uns documentos de trabalho pelo WhatsApp. Por volta de 12h12, ela não respondeu mais”, acrescentou.

Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, acredita que a pousada tenha sido ‘arrastada’, pela força da  lama, para alguns metros do local onde estava. Pela dificuldade de se aproximar do local, os bombeiros informaram que ainda não estão atuando nessa área atingida pelo rompimento da barragem 1, que carregou consigo as barragens 4 e 4A, na Mina Córrego do Feijão, da Vale S.A. Estima-se que havia cerca de 30 pessoas na pousada, entre hóspedes e funcionários.

Os nomes dos cinco foram incluídos na noite domingo (27) na lista de desaparecidos.

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