Juíza de Barão de Cocais aumenta multa à Vale para R$ 300 milhões

Google Street View/Reprodução

Em decisão publicada nessa sexta-feira (17), a juíza Fernanda Machado, de Barão de Cocais (MG), aumentou o teto de uma multa aplicada à Vale para R$ 300 milhões. Ela atendeu a um pedido do Ministério Público. O órgão alegou que a mineradora não apresentou o estudo dos impactos relacionados ao eventual rompimento das estruturas da barragem Sul Superior, na cidade mineira.

Nesta semana, foi confirmada a movimentação do talude da cava norte da mina de Gongo Soco. O Ministério Público alertou que um deslizamento pode ter como consequência o rompimento da barragem em questão.

“Anote-se que a situação do complexo minerário, à luz das notícias amplamente divulgadas pela própria Ré, está pior. O que se tem, agora, não é somente o risco de rompimento da barragem de alteamento a montante sul superior da mina de Gongo Soco. Atualmente, há risco de desabamento do escoramento da cava norte, localizado acima da barragem, o que ocasionaria, obviamente, o lançamento de mais materiais, água e rejeitos sobre a barragem sul superior”, destaca a juíza.

A juíza determinou que a Vale apresente, dentro de um prazo de 72 horas, um estudo atualizado de ruptura (“dam break”), considerando a zona de impacto como um todo.

Risco no talude

O talude é a parede da cava, que se encontra atrás da barragem. A estrutura demonstrou uma movimentação, o que indica uma possível queda de uma rocha no interior da cava. Segundo os técnicos, não se pode precisar o tamanho exato da rocha, tão pouco quando pode acontecer.

A Vale identificou movimentação no talude durante esta semana, mas ressaltou que não existiam elementos técnicos, até então, para se afirmar que o eventual escorregamento poderia ter como consequência o rompimento da barragem Sul Superior. Ainda assim, a mineradora reforçou o monitoramento da cava e da barragem.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!