Juiz alivia pena para jovem acusado de estupro por ele ser de boa família

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Pixabay/Pixabay

Um juiz do Superior Tribunal de Justiça de Nova Jersey, nos Estados Unidos, decidiu que um jovem de 16 anos não poderá ser julgado como um adulto em um caso de estupro cometido por ele. Na justificativa, o magistrado afirma que o adolescente “vem de uma boa família” e que a acusação poderia destruir a vida do menino.

O adolescente, identificado no processo com G.M.C, filmou o momento em que estuprava uma jovem de 16 anos, no porão de uma casa, durante uma festa ocorrida em 2017.

Segundo informações do jornal The New York Times, a vítima estava embriagada, passando mal e não teria condições de consentir com o ato.

Com isso, o menino se aproveitou da situação e cometeu o estupro. Ele ainda gravou a ação e enviou para os amigos com a seguinte mensagem: “Quando sua primeira vez fazendo sexo foi estupro”. Segundo os promotores do caso, outras pessoas que estavam na festa, no dia do estupro, encontraram a vítima no chão, vomitando.

A garota estuprada foi levada para casa pela mãe de uma amiga e, ao acordar, se sentiu confusa sobre suas roupas rasgadas e hematomas pelo corpo. Meses depois ela descobriu que o jovem estava compartilhando o vídeo do estupro. Questionado, ele negou o ato, mas continuou espalhando a filmagem. Foi quando a mãe da vítima acionou as autoridades.

Entretanto, mesmo diante das evidências, o juiz James Troiano, da Suprema Corte, decidiu que o jovem não responda como adulto, já que ele é um escoteiro, que vem de uma boa família e tira boas notas. “Ele é claramente um candidato não apenas para a faculdade, mas provavelmente para uma boa faculdade”, disse o juiz.

Segundo Troiano, o estupro ocorre quando há um ataque à mão armada por estranhos. Além disso, o magistrado disse que as mensagens enviadas pelo jovem não passam de “um garoto de 16 anos dizendo besteira a seus amigos”.

No mês passado, o Tribunal de Apelação de Nova Jersey, que é de uma instância superior ao do juiz, reverteu a decisão do magistrado e contestou a conduta do juiz.  

Com isso, o caso deve ser transferido do tribunal de família para um júri, onde o adolescente pode ser tratado como maior de idade, por se tratar de um crime grave, segundo a lei do estado americano.

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